SIMERS integra comitê em defesa de segurança no RS
O presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS), Paulo de Argollo Mendes, participou, nesta quinta-feira, 19, de audiência pública “Problemas e perspectivas da gestão de segurança pública no RS” na sede regional da Ordem dos Advogados. Na...
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19/05/2016 19:01
O presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS), Paulo de Argollo Mendes, participou, nesta quinta-feira, 19, de audiência pública “Problemas e perspectivas da gestão de segurança pública no RS” na sede regional da Ordem dos Advogados. Na ocasião, foi criado um comitê" Cidadania pela Segurança", do qual o Sindicato fará parte.
Argollo abordou a situação vivida por médicos e pacientes nos Pronto Atendimentos e hospitais de Porto Alegre. Segundo ele, a fragilidade na segurança nos locais de atendimento provoca medo e desalento aos que trabalham na saúde. No Hospital Pronto Socorro de Porto Alegre (HPS), por exemplo, houve o caso recente de um homem que entrou armado e atirou várias vezes contra um paciente que estava em tratamento, provocando pânico em médicos e pacientes. “A falta de segurança causa angústia. A médica que prestava atendimento estava insegura, pois nada impedia que o criminoso retornasse ao estabelecimento", disse.
Argollo lembrou que os Médicos Sem Fronteiras (MSF) constroem seus serviços e hospitais onde as facções em litígio reconhecem como território neutro, onde são atendidos pacientes de ambos os lados. Onde estão os médicos brasileiros os MSF já teriam se retirado por não haver as mínimas condições de segurança. Argollo citou algumas das propostas do SIMERS para a crise:
(1) Presença permanente da Brigada Militar nas proximidades das unidades: como nos estádios de futebol, que recebem policiamento, os postos são locais de aglomeração com potencial de conflito, devido aos ânimos exaltados.
(2) Criação de Grupo de Trabalho com a Secretaria Estadual de Segurança Pública: parceria visa a buscar alternativas para que o atendimento de saúde se dê em condições mais seguras. Em andamento.
(3) Instalação de câmeras externas 360º no entorno das unidades de saúde: prefeituras de Porto Alegre e demais cidades com histórico de violência em postos devem garantir o videomonitoramento, com espelhamento no Centro Integrado de Comando da BM e SSP. Em andamento.
(4) Instalação de câmeras internas nas unidades de saúde: os locais de atendimento devem ter monitoramento com gravação permanente, para identificar eventuais agressores. O Sindicato entende que o anonimato estimula o comportamento violento.
(5) Estudo para adequação das unidades visando à segurança: muitos postos são improvisados em prédio já existentes, não pensados para o atendimento de saúde. As prefeituras devem revisar as estruturas físicas com vista à segurança, evitando invasões e facilitando a saída em caso de emergência.
(6) Aumento do efetivo: Brigada Militar e Guarda Municipal.
(7) Instalação do botão de pânico: em todos os estabelecimentos de saúde.
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