Para ser ainda mais assertivo na defesa das causas da categoria, o Simers (Sindicato Médico do Rio Grande do Sul) desenvolveu uma campanha de conscientização e combate à precarização do trabalho médico. A data de lançamento, no Dia do Trabalhador (1º de Maio), simboliza a importância de trazer à luz os direitos desses profissionais.
Sendo assim, o ponto de partida da ação foi a divulgação de enquetes nas redes sociais com o objetivo de entender melhor as dúvidas e as necessidades dos médicos. Por meio de stories publicados no Instagram da entidade, questões que envolvem o reconhecimento e a valorização profissional, condições de trabalho e entendimento das diretrizes de suas atividades buscam preencher essas lacunas.
“Acredito que este projeto irá trazer maior segurança e tranquilidade aos colegas médicos e grandes benefícios à assistência da saúde da população. Ao estabelecer vínculos com os serviços de saúde, consequentemente, é estabelecido o vínculo médico-paciente. Nossa intenção é tentar melhorar estas relações”, destaca a diretora Gisele Belolli, coordenadora do Núcleo de Combate à Precarização da Medicina.
A Constituição brasileira assegura tanto o acesso integral à saúde quanto os direitos trabalhistas aos médicos. Mas, atualmente, as diversas modalidades de vínculos (CLT, estatutário, contrato de emergência, contrato de pessoa jurídica) só contribuem para a precarização dessa atividade. Por isso, a campanha visa trazer à tona essa realidade nas suas diferentes formas: inclusão de médicos em quadro societários de empresas controladas por terceiros; exploração da mão de obra médica; atraso/inadimplemento de remuneração decorrente da prestação de serviços; aviltamento de honorários; afastamento sumário de médicos dos postos de trabalho, entre outros.
Reforçando o caráter informativo da campanha, são divulgados nas redes da entidade vídeos de diretores e advogados do Simers com orientações e esclarecimentos sobre o trabalho médico. “À primeira vista, a ‘pejotização’ da categoria parece satisfatória, com remunerações aparentemente maiores. Mas esta modalidade acarreta direitos trabalhistas escassos, e, infelizmente, essa é a medicina no século 21, com contratos de trabalho que beiram à informalidade”, completa a médica.
O Simers, por meio do Núcleo de Combate à Precarização do Trabalho Médico, atua constantemente para proteger os médicos nestas questões, fornecendo suporte por meio de suas assessorias política e jurídica. Denúncias podem ser encaminhadas ao e-mail denuncia@simers.org.br
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