SIMERS leva ao MP deliberações dos médicos de unidades de Canoas
O dilema existente na gestão do Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC) e das Unidades de Pronto Atendimentos (UPAs) Caçapava e Rio Branco, em Canoas, foi debatido em assembleia geral ocorrida na noite desta terça-feira (24/10), no próprio HPSC. ...
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25/10/2017 15:19
O dilema existente na gestão do Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC) e das Unidades de Pronto Atendimentos (UPAs) Caçapava e Rio Branco, em Canoas, foi debatido em assembleia geral ocorrida na noite desta terça-feira (24/10), no próprio HPSC. Na pauta, a saída do Grupo de Apoio a Medicina Preventiva e à Saúde Pública (GAMP) da administração das unidades de saúde. Cerca de 80 médicos, advogados, Conselho Municipal de canoas e representantes da Câmara Municipal da cidade estiveram presentes na reunião, que buscou resolver o problema que aflige a população: o atendimento médico.
Durante a assembleia, foi discutida a situação das unidades, que desde 2016, estão sob a gestão do GAMP. Desde lá, os profissionais sofrem com falta de pagamentos dos honorários, precárias condições de trabalho, falta de medicamentos e de materiais para o atendimento médico. “A situação é dramática, tanto para os médicos e demais profissionais, como para comunidade. Estamos aqui para analisar a alternativa que consiga reverter a atual desassistência que vive a população de Canoas e dos demais municípios que buscam atendimento nessas unidades de saúde”, ressaltou o diretor do SIMERS, André Gonzales. Segundo ele o atual gestor alega que a situação resulta da falta de repasses de recursos do município, ou envio de valores abaixo do contratualizado.
Outro ponto abordado foi o anúncio feito na semana passada pelo prefeito de Canoas, Luiz Busato, que informou a transferência da gestão dessas unidades para ISEV (Instituto de Saúde e Educação Vida) - que é alvo de investigações do Ministério Público. São irregularidades na administração de unidades de saúde situadas em diversos municípios gaúchos. “Em função dessa realidade, os profissionais entenderam que é necessário fazer uma nova avaliação do GAMP, prevendo um cenário caótico no futuro”, salientou o diretor.
No final da assembleia, os médicos deliberaram por apoiar o GAMP na permanência na gestão das unidades canoenses e ressaltaram a importância de que os repasses dos recursos suficientes passem a ser feitos pela prefeitura para a execução do que foi contratado, para que não faltem material e medicamentos nas unidades.
O SIMERS está preparando um material reiterando a gravidade dos problemas assistenciais nas unidades de saúde para ser entregue ao Ministério Público, pedindo para que o órgão promova o termo de ajustamento de conduta como forma de dar continuidade ao contrato mantido entre GAMP e município, obrigando assim, o município a fiscalizar esse gestor que por consequência vai implicar em melhorias nas condições de trabalho dos médicos e no atendimento da população.
Por conta da atuação do SIMERS, que desde março promove uma reclamatória trabalhista contra GAMP e município de Canoas, parte dos salários / remunerações (por meses atrasados) e impostos - como INSS e FGTS – estão sendo regularizados.
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