A vice-presidente do SIMERS, Maria Rita de Assis Brasil participou, na tarde dessa terça-feira, 26, da assembleia geral extraordinária dos trabalhadores do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Na ocasião, funcionários debateram sobre o vale-alimentação, a remuneração variável versus plano de carreira, a campanha salarial 2016 e a deliberação sobre a conveniência do movimento paredista.Durante o discurso, Maria Rita defendeu que a categoria não vai aceitar um reajuste inferior à variação da inflação no período. "Temos hoje uma proposta que recompõe em apenas R$ 15,00 o vale alimentação. "Como se esse vale não tivesse significado fundamental para os trabalhadores, trata-se como um problema menor uma recomposição tão inferior à inflação " Independente da posição que se tenha, não deverão os trabalhadores pagar por esse desgoverno que vivemos hoje. Nem um direito a menos, destacou Maria Rita.
A vice-presidente do SIMERS disse ainda que se for preciso, sairão às ruas protestando por valores mais justos. “É por isso que estamos em assembleia, para mostrar que não estamos dispostos a abrir mão de direitos, mesmo que seja a correção do vale-alimentação. Não aceitaremos uma convenção coletiva de trabalho que nos dê menos que a inflação do ano passado. Segundo cálculos, a recomposição seria de 9,90%.
Conforme a Portaria da Secretaria do Orçamento Federal, Nº 2, de 4 de janeiro de 2016, que divulgou valores máximos para o pagamento de alguns benefícios, ficou estipulado R$ 460,00 para auxílio alimentação ou refeição e R$ 237,00 para assistência pré-escolar. Esse valor significa um reajuste de 4,45% sobre o valor que o hospital vem praticando hoje, que é um pouco menos que a metade do IPCA do período de 9,39%.
Os trabalhadores do Hospital de Clínicas rejeitaram a proposta feita pela diretoria da instituição. Eles querem a variação da inflação mais 5% de aumento no vale alimentação e redução do desconto de 3,5% para R$ 1 real. Atualmente eles ganham R$ 445,00.