O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), representado pelo diretor Daniel Sauer Wolff, participou nesta segunda-feira, 4, de Audiência Pública da Comissão Especial de Regulação dos Leitos e dos Serviços de Saúde no Estado. “O Simers está ao lado desta comissão que discute a regulação de leitos em nível ambulatorial e de urgência no Estado” afirmou o diretor. Disse ainda que conseguir um leito necessário para um paciente é fundamental para o médico que está na ponta do atendimento. A audiência foi coordenada pela deputada Fran Somensi que preside a comissão.
Estiveram presentes no momento vários representantes de hospitais bem como de autoridades públicas que coordenam a gestão de leitos no estado e na capital. Foi destacado que na prática há competição entre o paciente eletivo e de urgência. Conforme o deputado Dr. Thiago Goularte, é importante a agilidade na regulação para evitar que a doença curável se transforme em enfermidade incurável quando o atendimento não é feito na janela terapêutica de tempo adequada.
No encontro ficou evidenciado que o sistema de financiamento da Saúde precisa ser direcionado também para a regulação a fim de atender todas as demandas. Na área da psiquiatria, por exemplo, há 240 pacientes aguardando leito. No litoral norte, pacientes infartados aguardam dias nas unidades de Pronto Atendimento para fazer cateterismo. A UFRGS informou que o uso de robôs agilizam os processos de telemedicina e colaboram com a regulação de leitos.
Na área do câncer infantil, houve avanço com a qualificação de atendimento da rede, em porta aberta, que começa imediatamente o tratamento. O secretário municipal de Saúde de Porto Alegre, Mauro Sparta, afirma que o sistema de regulação está avançando e evidencia que a abertura recente de leitos pediátricos foi medida importante para garantir o atendimento. Revelou ainda que o momento é de abertura de leitos clínicos adulto com a contratação de 56 leitos na PUC; 46 na Santa Casa; 20 leitos no Hospital Independência, e 32 no Grupo Hospitalar Conceição.
O diretor técnico do hospital de Clínicas, Brasil Silva Neto, explica que a atenção primária pode evitar o envio tardio dos pacientes e alerta para a importância de avançar e qualificar a rede, como um todo, com apoio de todas as áreas e a partir dessas ações desafogar UPAs e Emergências.
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