Simers promove abraço simbólico ao Hospital de Pronto-Socorro de Canoas

O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) promoveu, na manhã desta terça-feira, 27, um abraço simbólico ao Hospital de Pronto-Socorro de Canoas (HPSC). A iniciativa *Abrace o HPSC* reuniu representantes da população, dos funcionários do hospital, de entidades da sociedade e do sindicato no apelo pela reabertura do hospital, que deixa de atender 103 municípios e uma população de 3 milhões de pessoas. 

“O que aconteceu aqui no Hospital de Pronto-Socorro foi uma tragédia e nós sabemos disso. Mas, depois de 90 dias, nós imaginávamos que já pudesse haver uma solução, um cuidado especial, para que o atendimento à população já tivesse sido retomado, mas não é o que está ocorrendo. Por isso, nós, do Simers, promovemos esse encontro para congregarmos todas as forças vivas da comunidade em favor da reabertura do Hospital”, afirmou o presidente do Simers, Marcos Rovinski. 

Rovinski esteve acompanhado dos coordenadores da Região Metropolitana do Simers, Gabriela Schuster e Daniel Wolff; do diretor do Interior, Luiz Alberto Grossi, e da diretora Gabriela Grossi. Eles ressaltaram a importância da retomada do atendimento, uma vez que os colaboradores do HPSC estão dividindo espaço no Hospital Nossa Senhora das Graças, onde não conseguem atender com toda a sua expertise de um hospital especializado em trauma.

“Precisamos de um plano de ação a respeito do que será feito, das atividades de retorno aos atendimentos. O Simers vai seguir atrás de respostas e empreendendo ações em prol da reabertura do hospital, incluindo reuniões com a Secretaria Municipal de Saúde. Esperamos que esse clamor chegue ao Ministério Extraordinário da Reconstrução, ao ministro Paulo Pimenta, ao prefeito Jairo Jorge, à Secretaria de Saúde do Estado e ao governador Eduardo Leite”, destacou Gabriela Schuster.

Também participaram do abraço representantes do Conselho Regional de Medicina (CREMERS), da Associação de Medicina do RS (Amrigs), da Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RS), do Conselho Municipal de Saúde (CMS), do Sindicato dos Enfermeiros do RS (Sergs) e do Sindicato dos Odontologistas no RS (Soergs). 

O Hospital de Pronto-Socorro foi inundado durante a enchente que atingiu Canoas, no começo de maio, quando mais da metade da cidade foi afetada. A água chegou a dois metros de altura no hospital, o que comprometeu todo o primeiro pavimento, resultando em perdas que ultrapassam os R$ 37 milhões. Para a retirada dos pacientes e dos moradores que foram buscar abrigo no local foi necessária uma abertura na parede do segundo andar. Ao todo, cerca de 400 pessoas foram resgatadas de barco e helicóptero.