Simers reafirma que cuidados com a pele devem ser acompanhados por dermatologistas

No próximo dia 05, comemora-se o Dia do Dermatologista, profissional de suma importância para a indicação e realização de procedimentos que visam contribuir com a melhora na qualidade de vida, bem como a detecção e tratamentos corretos de doenças de pele, além de métodos estéticos ou cirúrgicos conforme o caso de cada paciente. O problema tem ficado evidente em procedimentos que são cada vez mais recorrentes e que contrariam a Lei do Ato Médico, sendo executados por profissionais das mais variadas áreas e que acabam trazendo complicações e óbitos.

De acordo com dados do Núcleo Simers de Combate ao Exercício Ilegal da Medicina, a dermatologia é a principal especialidade médica afetada pela atuação ilegal e sem formação adequada. Esse aumento dá-se por dois grandes motivos: ineficiência por parte dos órgãos públicos de fiscalização, tais como a Vigilância em Saúde, seguido do crescimento desordenado de franquias estéticas, que acabaram por contribuir ao acesso de técnicas, privativas ao médico, tais como eletrocoagulação (cauterização), remoção de melasmas e melanomas, aplicação de toxina botulínica e ácido hialurônico, secagem de varizes, entre outros.

Em 2022, mais de 60% das denúncias encaminhadas ao Núcleo eram vinculadas à Dermatologia. “As estatísticas mostram a atual dimensão do problema que envolve a invasão de competências vivenciada pela medicina, sobretudo no campo da cosmiatria, que acaba por deixar consequências graves em milhares de pacientes”, explicou Môniza Zechmeister Berg, coordenadora do Núcleo Simers de Combate ao Exercício Ilegal da Medicina.

O Núcleo Simers de Combate ao Exercício Ilegal da Medicina também é coordenado pela diretora Anice Metzdorf, que salientou a importância que o tema deve ter na vida e cotidiano da sociedade brasileira. Para ela, “o tema é de interesse de toda a sociedade. Quando exercemos a saúde com qualidade, estamos defendendo não a classe médica, mas toda a população”, disse. 

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