SIMERS realiza vistoria em postos da zona sul da Capital
O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul realizou nessa quinta-feira, 30, vistoria nos postos de saúde da Restinga, Guarujá e Ipanema. “O SIMERS integra a Frente Parlamentar da Segurança Pública Municipal (FRESEG), cujo objetivo é tratar dos assuntos relacionados à...
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30/08/2017 12:18
O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul realizou nessa quinta-feira, 30, vistoria nos postos de saúde da Restinga, Guarujá e Ipanema. “O SIMERS integra a Frente Parlamentar da Segurança Pública Municipal (FRESEG), cujo objetivo é tratar dos assuntos relacionados à segurança no âmbito de Porto Alegre e por isso estamos vendo como se encontram os postos de saúde da zona sul da Capital”, destacou a diretora do SIMERS, Gisele Lobato.
Com a finalidade de averiguar as necessidades nos setores de infraestrutura e segurança dos postos, o sindicato registrou as sugestões de melhorias relatadas pelos funcionários.
Restinga
O local abrange aproximadamente 60 mil pessoas. O quadro de funcionários possui três psiquiatras, um pediatra, dois psicólogos para adulto, um psicólogo infantil e clínicos.
Problemas: A caixa d’água transbordou alagando o local no dia 30 de agosto. Os funcionários atrasaram a abertura do posto porque tiveram que secar o chão antes de abrir para atendimento. Para poder atender a demanda, pacientes que aguardavam na porta ajudaram na limpeza agilizando o processo. Nos consultórios há falta de lençóis descartáveis e medicamentos como antibióticos na Farmácia Distrital. No telhado já foi encontrado uma pessoa dormindo no local das telhas e outra tomando banho na caixa d’água. O sistema de informática também é um problema. Com a lentidão do sistema pacientes reclamam da espera pelo atendimento.
Sugestões dos funcionários: Os funcionários gostariam de ter pelo menos um segurança fixo no local, além de um portão que seja possível chavear e no mínimo dois porteiros devido aos problemas de vandalismo.
Guarujá
O posto localizado no bairro Guarujá abrange aproximadamente 12 mil pessoas. O quadro de funcionários é composto por quatro médicos, sendo dois clínicos, um ginecologista e um pediatra.
Problemas: Pacientes idosos já foram assaltados a mão armada na saída da consulta. Em uma ocasião tiveram o carro roubado. A insegurança é tanta que a enfermeira chefe pediu exoneração do cargo após ser sequestrada no mês de março.
Sugestões dos funcionários: Os funcionários gostariam de um porteiro e contar com a ronda da Guarda Municipal, que segundo eles, é coisa rara hoje em dia.
Ipanema
O posto de Ipanema abrange aproximadamente 14 mil pessoas. O quadro de funcionários é composto por três médicos, sendo um ginecologista e dois clínicos.
Problemas: O porteiro teve o carro roubado na frente do posto ao chegar para trabalhar. O local já foi arrombado. Na ocasião levaram as CPUs. Uma funcionaria teve a bolsa roubada pelo paciente em pleno atendimento. Além disso, um paciente foi assaltado na frente do posto enquanto aguardava seu familiar consultar.
Sugestões dos funcionários: Além de necessitarem de um porteiro, os funcionários também gostariam de contar com a ronda da Guarda Municipal e da Brigada Militar.
A situação desses três postos se agravou desde que o posto localizado na Vila dos Sargentos fechou devido à violência. O presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS), Paulo de Argollo Mendes, ressalta que a violência já chegou a um nível extremo. “Se a equipe do Médicos Sem Fronteiras atendesse em Porto Alegre, já teria ido embora. Isso porque é pressuposto para eles que estejam a salvo da luta entre facções ou países. Aqui ninguém está a salvo”, lamenta Argollo. Confira a matéria completa aqui
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