Simers recebe diretores do IPE-Saúde e aguarda envio de projeto ao Legislativo para a negociação do reajuste à categoria

Em continuidade às tratativas para garantir a valorização dos médicos credenciados ao Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do RS (IPE-Saúde), o presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Marcos Rovinski, e o diretor de Interior, Luiz Alberto Grossi, receberam o diretor administrativo financeiro da autarquia, Thiago Dapper Gomes, e o diretor de Provimento de Saúde, o médico Antônio Quinto Neto. A agenda aconteceu no final da manhã desta terça-feira, 9, na sede do Sindicato.

De acordo com Rovinski, apesar de o Simers saber que é preciso aguardar o envio do projeto que prevê a reestruturação do IPE-Saúde à Assembleia Legislativa — o que somente acontecerá após o retorno do governador Eduardo Leite dos Estados Unidos, é urgente uma resposta do governo. 

“Sem que se cumpram todos os trâmites legais, não temos como saber o quanto será destinado para o reajuste dos médicos, pois a correção depende do aumento da arrecadação. Entretanto, estamos preocupados com o descredenciamento dos médicos, principalmente no interior do Estado. O que reforça a necessidade de falarmos em um reajuste anual, para evitar que novos 12 anos de congelamento se repitam”, disse Rovinski.

Recuperação de valores mais defasados

Durante a reunião, o diretor administrativo financeiro do IPE-Saúde afirmou que um grupo de trabalho está analisando uma série de dados, para saber quais os procedimentos estão mais defasados. Ele citou como exemplo a cirurgia de hérnia, pela qual o médico credenciado recebe o valor líquido de aproximadamente R$ 160,00. Para o Simers, outro procedimento que está aquém da realidade do trabalho médico é a visita hospitalar, pela qual o profissional é remunerado em um valor bruto de R$ 25,59. 

Paralisação

Os médicos do IPE-Saúde estão paralisados desde o dia 10 de abril, em uma intensa mobilização para reverter o congelamento de 12 anos nos honorários médicos e de procedimentos hospitalares. Eles voltam a se reunir no dia 23 de maio para definir sobre quais os próximos passos do movimento histórico.