A direção do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), liderada pelo presidente da entidade, Marcos Rovinski, se reuniu nesta segunda-feira, 22, com o deputado estadual Rodrigo Lorenzoni. Na pauta, propor ações para recuperar o Ipe-Saúde que atravessa grave crise financeira que compromete o atendimento de mais de um milhão de segurados e a entrega do Compromisso pela Saúde.
O presidente destacou, ainda, que o IPE Saúde é um sistema de saúde regido por leis estaduais, e não um plano de saúde regulamentado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Também estiveram presentes o vice-presidente, Marcelo Matias; o diretor-geral, Fernando Uberti; o diretor do interior, Luiz Alberto Grossi; o diretor de Política Estratégicas, Vinicius Souza, e o diretor do Núcleo de Tecnologia e Inovação, Guilherme Peterson.
Durante o encontro, Rovinski entregou ao parlamentar o Compromisso pela Saúde elaborado pelo Simers, com as seguintes propostas:
1) Adoção plena da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), inclusive dos seus regramentos, utilizando como referência sempre a última versão publicada;
2) Vinculação ao reajuste anual dos portes, divulgado pela Associação Médica Brasileira (AMB), com a aplicação do reajuste no mês subsequente ao da sua divulgação;
3) Procedimentos hospitalares: CBHPM com deflator de 65%, reduzindo-se o índice deflator em 5% ao ano, até chegar a um índice deflator final de 20%;
4) O modelo proposto no item 3 não será aplicável aos códigos em que a sua aplicação resulta na diminuição do valor pago atualmente pelo IPE Saúde. Nesses casos, o valor praticado seguirá congelado até que a diminuição do índice deflator alcance um percentual que quando aplicado à CBHPM resulte em aumento do valor praticado;
5) Consultas: 100% da CBHPM;
6) Pagamento de 100% da CBHPM para os códigos de Anatomia Patológica e
inclusão dos códigos não contemplados hoje pelo IPE Saúde.
O presidente explicou que a proposta formulada não representaria uma solução imediata e definitiva para a baixa remuneração e, consequentemente, baixa atratividade do IPE Saúde aos médicos. De outro sinalizaria à categoria o comprometimento da autarquia com a busca de alternativas para oferecer uma justa contraprestação pelos serviços médicos, evitando assim o desmantelamento da rede de médicos credenciados, fundamental para a manutenção e expansão da base de usuários do IPE Saúde.
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