O presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Marcos Rovinski, e o diretor de Porto Alegre da entidade médica, Vinícius Mello, se reuniram com a direção do Hospital Mãe de Deus, nesta terça-feira, 6, para discutir alternativas à reabertura do Centro Obstétrico (CO), fechado desde a enchente de maio.
Rovinski ressaltou o apoio do Sindicato para que o fechamento do CO não seja permanente. "Nos colocamos à disposição desde que fomos informados dessa situação. Grupos de ginecologistas, obstetras e anestesistas perderam seus postos de trabalho. Mas o maior impacto está na assistência às mulheres. Estamos disponíveis para encontrar soluções. Queremos buscar alternativas que sejam sustentáveis e que possibilite o retorno do serviço”, afirmou o presidente.
O diretor executivo do Hospital Mãe de Deus, João Baptista Feijó, expôs as dificuldades da instituição. “Temos um prejuízo de R$ 150 milhões. Pagamos os salários dos médicos e demais especialistas da maternidade, mesmo sem ter receita, durante três meses. Realocamos aqueles que foram possíveis, mas não podemos manter ginecologistas e obstetras. Agora estamos na fase de captar recursos. A enchente trouxe um prejuízo que não é nosso", declarou Baptista.
Recontratação
A direção do Hospital garantiu ao Simers que a maternidade será reaberta no primeiro trimestre de 2025. Mas, para isso, é necessária a união de esforços. Também confirmou que os médicos desligados serão contratados novamente quando o CO reabrir. "O fechamento não é permanente e isso é importante deixar frisado. Vamos evoluir para tentar criar um modelo de custeio, uma comissão que trabalhe a várias mãos para essa reabertura", ponderou Rovinski.
"Essa reconstrução precisa da participação de todos e uma mesa permanente de negociação. Os Centros Obstétricos devem ser planejados com a voz ativa dos próprios médicos e suas entidades representantes. Para isso é preciso criar uma comissão com todos os agentes. Vamos chamar as operadoras, inserir todos os interessados nessa reabertura,” propôs Vinícius Mello.
Também participaram da reunião a diretora da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Rio Grande do Sul, Rafaella Petracco, e o presidente da Sociedade de Anestesiologia do Rio Grande do Sul, Gustavo Ayala de Sá.
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