A falta de médicos pediatras para completar a escala de plantão do Hospital Centenário, em São Leopoldo, foi verificada novamente pela equipe do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), que esteve na instituição no início da manhã desta sexta-feira, 3. A comitiva acompanhou a troca de escala dos profissionais para verificar o número total de médicos que realizariam o plantão diurno, no entanto, mais uma vez, a escala encontrava-se incompleta e tendo apenas um médico atuando nas funções de rotineiro e emergências na UTI Neonatal.
O diretor da entidade médica, Júlio Venzo liderou a comitiva que verificou as condições de trabalho e conversou com médicos pediatras e enfermeiros que prestavam serviços no local, no momento. Outro ponto destacado foi a sobrecarga de trabalho e a necessidade de no mínimo três profissionais para fechar a escala.
O cenário de superlotação e falta de profissionais no Hospital Centenário foi tema de reunião no Ministério Público, com representantes do Conselho Regional de Medicina (Cremers), Secretaria Municipal de Saúde de São Leopoldo, Hospital Centenário e Simers, nesta semana. Na audiência a instituição hospitalar se comprometeu a enviar a 2° Promotoria de Justiça Especializada da Infância e da Juventude do Ministério Público de São Leopoldo, a escala de plantões completas toda a sexta-feira para a semana seguinte.
Além disso, foi relatado pelos médicos o descaso da administração hospitalar em contratar médicos de outras especialidades para atender pacientes infantis, demanda que também foi destacada em ofício do Simers encaminhado ao Ministério Público.
Conforme o diretor da entidade médica, Júlio Venzo: “Encontramos novamente uma situação caótica, tanto na emergência pediátrica com apenas um profissional para atender toda a população de São Leopoldo e as cidades que são referências, assim como mais de 17 pacientes pediátricas na UTI Neonatal para apenas uma pediatra”, observa o dirigente do Simers. “Há uma sobrecarga de trabalho para os dois profissionais plantonistas. Isso é humanamente impossível e o que está acontecendo no Hospital Centenário é gravíssimo e as autoridades competentes têm que agir para que não ocorra algo mais grave com os pacientes dessa cidade”, destaca Venzo.
O Simers continuará atuando nesta demanda e enviará ofício aos órgãos competentes buscando uma solução para a superlotação e falta de profissionais no Hospital Centenário de São Leopoldo.
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