Sindicato Médico cobra rigor contra operação da Facinepe
O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS) espera rigor das autoridades que estão investigando e verificando irregularidades na operação do Grupo Educacional Facinepe (Faculdade Centro Sul do Paraná). O presidente do SIMERS, Paulo de Argollo Mendes, destaca a...
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02/03/2017 18:21
O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS) espera rigor das autoridades que estão investigando e verificando irregularidades na operação do Grupo Educacional Facinepe (Faculdade Centro Sul do Paraná). O presidente do SIMERS, Paulo de Argollo Mendes, destaca a importância da ação dos órgãos responsáveis para evitar prejuízos a quem for cursar especializações prometidas pela instituição. O caso foi alvo de reportagem investigativa do Jornal Zero Hora, mostrando a necessidade de vigilância para coibir que novos casos ocorram.
"Tomamos medidas jurídicas e administrativas buscando evitar prejuízos aos médicos que foram atraídos por promessas de titulação em pós-graduação sem autorização de organismos que certificam as formações para atuação em especialidades no Brasil", lembrou Argollo. Entre a medidas, estão uma em 2016 junto ao Ministério da Educação alertando sobre o uso da denominação semirresidência. O SIMERS também denunciou a atuação da Facinepe no Procon Estadual em janeiro passado. Além do grupo paranaense, o Sindicato apontou a atuação da Instituição de Excelência em Educação (IEXCEED).
Ao diretor do Procon-RS, Márcio Afonso, Argollo detalhou as irregularidades e pediu providências contra "propaganda enganosa realizada pelas instituições, que não permitem ao egresso ser reconhecido como especialista nem a registrar o título no Conselho Federal de Medicina (CFM)". Outra ilegalidade apontada pelo SIMERS é que as instituições de ensino só podem oferecer pós-graduação na matéria em que tenham curso de graduação, ou seja, precisam oferecer curso de graduação de Medicina para que a pós-graduação possa ser disponibilizada, o que não acontece.
Argollo salientou que o médico se torna um especialista somente quando realiza a residência reconhecida pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) ou a partir de prova das sociedades de especialidade filiadas à Associação Médica Brasileira (AMB). Além disso, tais cursos são realizados na modalidade semi-presencial, ou seja, à distância, o que também não é permitido a cursos que envolvam essa titulação.
“O nosso objetivo é evitar que a população e os médicos sejam enganados. Entendemos que esses cursos que proliferam, oferecendo qualificação de especialista em alguma área de aperfeiçoamento médico, não estão habilitados para isso. Portanto, o médico que fizer dois anos do curso – alguns cobrando R$ 5 mil por mês – não vão obter habilitação para se intitularem especialistas”, alertou Argollo.
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