Sintomas, causas e tratamento: saiba mais sobre o transtorno de pânico
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Sintomas, causas e tratamento: saiba mais sobre o transtorno de pânico

Situações de medo extremo, nos quais a pessoa sente falta de ar, tremores, tontura, taquicardia e outros sintomas podem configurar a síndrome do pânico. Quando os episódios de pavor são recorrentes e a ansiedade atinge de maneira negativa o dia...

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04/03/2016 15:19

sindrome-panico-medo Situações de medo extremo, nos quais a pessoa sente falta de ar, tremores, tontura, taquicardia e outros sintomas podem configurar a síndrome do pânico. Quando os episódios de pavor são recorrentes e a ansiedade atinge de maneira negativa o dia a dia, esse transtorno é diagnosticado pelo médico, configurando uma perturbação mental que faz o indivíduo viver constantemente com medo e impedindo-o de levar uma vida normal.  A síndrome requer acompanhamento longo para controlar a chegada de novas crises. Conforme as pesquisas da evolução realizadas por Darwin, as raízes da ansiedade são encontradas na reação de defesa dos animais, protegendo-os do medo em situações de perigo. Com o passar dos tempos, herdamos essa percepção dos seres primitivos, porém, quando a ansiedade passa para o plano urbano de forma exagerada, torna-se algo disfuncional, desencadeando, muitas vezes, o transtorno de pânico. “Geralmente é caracterizado por ataque súbito de ansiedade, palpitação, falta de ar, medo constante, sensação eminente de morte, tontura, desrealização e despersonalização. Além disso, às vezes, o pânico ocorre quando a pessoa menos espera. É como se fosse um raio em uma noite estrelada”, esclarece o médico psiquiatra Jeferson Flach.  O especialista também afirma que o transtorno está ligado à genética, e em outras ocasiões pode estar relacionado a algum trauma profundo. “O pânico tem componente genético e pode se desencadear através de um processo longo de ansiedade em resposta a alguma situação traumática, pois um dos sintomas do estresse pós-traumático é justamente a síndrome do pânico”. Há muitos estudos sobre outros fatores que estimulam a síndrome como, por exemplo, a quebra do padrão respiratório. “Existe uma linha de pesquisa importante que explica a mudança do padrão respiratório gerado pela ansiedade, uma vez que esse ritmo acelerado de respiração provoca uma hiperventilação, tornando-se um gatilho para a crise. Por conta disso, exercícios de relaxamento também são recomendados aos pacientes”, salienta Flach. Diferente de outras doenças, a síndrome de pânico tem maior índice de incidência no início da idade adulta. “Relativamente acontece na infância ou adolescência, pois o pico da doença está entre os 25 e 30 anos de idade”, explica o psiquiatra. Apesar das pesquisas não informarem um número exato de pessoas que sofrem com a síndrome, acredita-se que nos últimos anos essa porcentagem aumentou devido à urbanização, a violência e a ampliação dos critérios considerados como pânico. O que realmente está comprovado é a ocorrência maior em mulheres. “Elas são mais vulneráveis por motivos hormonais, mas não podemos descartar fatores culturais. As mulheres carregam uma carga social maior que os homens, o que também as afetam bastante”, diz Flach. O tratamento é feito a base de antidepressivos, combinado de terapia cognitiva comportamental, psicoterapia, além de atividades alternativas como, por exemplo, a prática de ioga. O período mínimo recomendado de acompanhamento com medicação é de um ano e meio, no entanto, não podemos dizer que há cura e, sim, um controle das crises. “A cura absoluta é rara. Há casos de indivíduos que permaneceram durante anos sem crise e quando nem imaginavam voltaram a ter. Podemos afirmar que as pessoas que já sofreram com as crises têm 50% a mais de chance de terem episódios novamente, comparado com a população que nunca teve”, salienta o psiquiatra. O médico chama a atenção para o aumento de preocupação para as doenças de depressão e ansiedade ultimamente, também ocasionada pelo avanço da tecnologia, o que possibilita a busca do assunto na internet. “Antigamente as pessoas com esses problemas eram discriminadas, pois as doenças eram tratadas como simples surtos. A atitude das famílias dos pacientes também mudou de forma positiva. Isso significa uma grande mudança de cultura e que as características dessas doenças precisam ser divulgadas cada vez mais”, ressalta.        
Tags: Psiquiatria Síndrome do pânico

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