Situação do IPF volta a ser debatida entre médicos peritos da instituição e o Simers
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Situação do IPF volta a ser debatida entre médicos peritos da instituição e o Simers

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22/03/2024 11:16

A constante preocupação do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) com o desmonte e a precarização da assistência no Instituto Psiquiátrico Forense (IPF), na Capital, levou a uma nova visita da entidade ao local, nesta quarta-feira, 20. Os diretores e integrantes do Núcleo de Psiquiatria do Simers, Luciana Mesko e Rogério Göttert Cardoso, conversaram com os dois únicos médicos peritos que atuam na instituição responsável pelo atendimento e tratamento de apenados com distúrbios mentais, referência para todo o estado.

Os diretores do Simers ouviram dos profissionais sobre as precárias condições do IPF, que está sem um diretor técnico e enfrenta a falta de rotineiros e plantonistas. “Temos uma resolução federal que estabelece o fim dos 26 Hospitais de Custódia e Tratamento Psiquiátrico que existem no país, como é o caso do IPF. Mas, enquanto isso não é colocado em prática, o Instituto Psiquiátrico Forense precisa seguir com estrutura normal de atendimento”, ressaltou Luciana.

Ela se refere à Resolução 487/2023, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que institui a Política Antimanicomial do Poder Judiciário e determina que os chamados manicômios judiciários deverão fechar as portas até maio de 2024. Pauta que vem mobilizando o Simers desde o ano passado, incluindo agenda com o secretário de Sistemas Penal e Socioeducativo do RS, Luiz Henrique Viana, para saber como será feito o atendimento aos presos que apresentam distúrbios psíquicos.

"O renomado IPF, reconhecido nacionalmente, está passando por um processo de desmantelamento devido à grave falta de recursos. De um corpo clínico com mais de 30 médicos que realizam assistência, perícias, plantões e estudos em Psiquiatria Forense, restam atualmente dois em atividade. Diante dessa iminente perspectiva de fechamento, surge o dilema: como lidar com os detentos que sofrem de doenças mentais graves que, por insuficiente tratamento nos Caps, evoluíram para a eclosão de quadros psicóticos com a realização de crimes, a maioria intrafamiliar?”, destacou o diretor Cardoso, que afirma que o Simers está e seguirá atento e em contato com os médicos do IPF.

Tags: Núcleo de Psiquiatria Simers IPF Instituto Psiquiátrico Forense Resolução CNJ Saúde Mental

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