O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS) esteve no Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul (PACS), na tarde desta quarta-feira (23), para verificar a superlotação na ala psiquiátrica, mais uma vez denunciada à entidade. Há caso de uma adolescente que dorme em colchão no chão há quase dez dias. Sem leitos suficientes e nem espaço adequado para atendimento, seis adolescentes foram internados em cinco consultórios, sendo que dois dividem o mesmo ambiente. Com isso, as consultas precisaram ser feitas na sala do serviço social.
“Uma das meninas está internada em um consultório, dormindo em um colchão estendido no chão desde 16 de agosto, sem perspectiva de leito. Os profissionais fazem de tudo para superar as dificuldades, mas elas são constantes e agravam o quadro clínico dos pacientes”, ressalta a diretora do SIMERS Gisele Lobato.
Ela lembra ainda que se trata de uma emergência adulta, inadequada para receber crianças e adolescentes. “Falta um espaço próprio para atender essa demanda e uma rede de atendimento que ofereça o suporte necessário”, completa.
Sem resolução
O SIMERS comunicou o secretário municipal de Saúde, Erno Harzheim, sobre a situação. Há esforço para resolver esta superlotação recorrente no PACS, mas as medidas são "apenas paliativas e resolvem o problema momentaneamente", alerta o Sindicato. "Os pacientes necessitam de soluções definitivas para o quadro".