Tendências em tecnologia como aliada da saúde: prós e contra 
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Tendências em tecnologia como aliada da saúde: prós e contra 

O diretor do Simers, Guilherme Peterson, mediou o penúltimo painel do Fórum Pró-Desenvolvimento da Saúde RS. Tema: "Tendências em tecnologia como aliada da saúde", Rosylane Nascimento das Mercês Rocha, conselheira do CFM (Conselho Federal de Medicina

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18/08/2022 18:10

"Quando se fala em tecnologia na saúde se pensa logo na telemedicina. Ela é apenas a ponta do iceberg. Existem outras ferramentas e surgirão outras mais em 5 ou 10 anos", foi com essa declaração que o diretor do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers),Guilherme Peterson, iniciou o penúltimo painel do Fórum Pró-Desenvolvimento da Saúde RS, no Plaza São Rafel, em Porto Alegre, do qual mediou.

 

O debate sobre os impactos da tecnologia na saúde coletiva e junto à comunidade médica contou com a presença de personalidades do segmento médico e tecnológico. Debateram o tema: "Tendências em tecnologia como aliada da saúde", Rosylane Nascimento das Mercês Rocha, conselheira do CFM (Conselho Federal de Medicina); Fernando Carbonieri, médico e empreendedor serial para a transformação da saúde; o médico do Hospital Moinhos de Vento, Aristóteles de Almeida Pires e o gestor de Projetos e Inovação do Hospital Ernesto Dornelles, Geraldo Aguiar. 

 

Sobre o tema, na visão de Aristóteles Pires, houve um avanço considerável do uso de tecnologia na Medicina. Conforme relembrou, "há 4 anos, pouco se falava em telemedicina. Era nadar contra a maré. Com a pandemia, isso evoluiu e surgiu novos formatos, meios e ferramentas", disse. Ele também apresentou o Progrma Teleuti, vinculado ao Moinhos de Vento, que possibilita a chegada de  especialista nos mais longínquos locais do país.

 

Com um prisma mais técnico, Fernando Carbonieri abordou e explicou que a tecnologia proporciona uma interface integrativa, global e com infinitas alternativas e usos diversos, sem citar as melhorias na qualidade assistencial, diretamente ligada à inteligência artificial. "Esse mundo digital que hoje vivemos era inconcebível. A Medicina de 2030 é inconcebível para muitos de nós. Você consegue imaginar o avanço tecnológico e seus benefícios daqui uma década na Medicina?" Ele salientou que a telemedicina precisa estar conectada e alicerçada em um tripé formado por: meio ambiente, governança e sustentabilidade.

 

Profissional da área de T.I., Geraldo Aguiar, fez uma provocação, afirmando que a tecnologia é uma "nova especialidade da Medicina ". "É chegado o momento em que a tecnologia se ampliará junto à Medicina. Teremos que ter a noção de que iremos conviver com robôs, com ferramentas e suprimentos que irão facilitar diagnósticos. Facilitar a vida", disse. 

 

Na contramão e com visão humanista, a conselheira do CFM, Rosylane das Mercês Rocha, questionou a sustentabilidade das ferramentas tecnológicas. Para ela "a telemedicina é extremamente necessária. A tecnologia é extremamente necessária. Mas e os impactos disso na subsistência do profissional? E o mercado de trabalho? Ela [telemedicina] deve ser complementar e não substitutiva", opinou.

Tags: Medicina Médicos Fórum Pró-Desenvolvimento da Saúde RS

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