Tramandaí: prédio novo de posto de saúde está fechado há mais de dois anos

Em Tramandaí, uma Unidade Básica de Saúde (UBS) funciona em um espaço pequeno e precário. A estrutura deveria ter sido transferida para um prédio novo, que fica ao lado – e está praticamente pronto para ser usado. Mas a mudança não tem previsão de ocorrer. Enquanto isso, em outro bairro, uma Estratégia da Saúde da Família (ESF) funciona como um pronto-atendimento (PA). O Simers identificou essas inconsistências durante uma vistoria realizada na última quinta-feira (23) em duas unidades da cidade – a Zona Sul e a São Francisco II, respectivamente – com a presença da diretora Gisele Lobato.

Prédio novo fechado há dois anos

A placa que indica os dados da obra do novo prédio da UBS Zona Sul está desbotada. Faz mais de dois anos que o empreendimento está pronto. Construído com recursos federais e municipais, o espaço fica ao lado do atual posto – pequeno e precário para atender as cerca de 65 pessoas que passam lá diariamente. Os profissionais do local não sabem quando a nova sede será inaugurada. O último prazo informado era dezembro deste ano.

Apesar disso, nos últimos dias de novembro, quando o Simers esteve em Tramandaí, não havia qualquer sinal de mudança ou de movimentação que indicasse a abertura. Gisele informou aos trabalhadores que a entidade médica se reunirá com os gestores municipais para buscar soluções.

Situação indefinida

Segundo funcionários, o posto São Francisco II funcionava nas 24 horas até um ano e meio atrás, quando a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) foi inaugurada e assumiu as demandas de urgência e emergência da cidade. No papel, o local virou uma ESF, mas manteve as particularidades de um PA, como horário de funcionamento das 7 às 19 horas, inclusive nos finais de semana e feriados. Também realiza pequenos procedimentos e recebe pacientes oriundos de todas as partes de Tramandaí – o que descaracteriza o funcionamento de uma ESF. A média de atendimento diário é de aproximadamente 60 pessoas. O Simers consultará a administração pública para verificar a indefinição.