Uma ponte entre o ontem e o hoje: a história da Medicina gaúcha contada pelo MUHM
“Logo após sua chegada ao Brasil, em Salvador, Bahia, o Príncipe Regente D. João cria a Escola de Cirurgia no Hospital Real Militar, em 18 de fevereiro de 1808. Já no Rio de Janeiro, ainda em 1808, cria a Aula...
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03/01/2017 16:50
“Logo após sua chegada ao Brasil, em Salvador, Bahia, o Príncipe Regente D. João cria a Escola de Cirurgia no Hospital Real Militar, em 18 de fevereiro de 1808. Já no Rio de Janeiro, ainda em 1808, cria a Aula de Anatomia Cirúrgica e Médica, também no Hospital Militar da Corte”. Esse é o trecho que inicia o capítulo O ensino médico no Rio Grande do Sul, parte do livro Museu de História da Medicina: um acervo vivo que faz ponte entre o ontem e o hoje.
A obra, executada por médicos, historiadores e a equipe do Museu de História da Medicina do Rio Grande do Sul (MUHM), foi financiada pelo Ministério da Cultura, através da Lei Rouanet, e celebra os dez anos de atividades do Museu. Do fragmento descrito acima até agora, 208 anos de intensas transformações já se passaram.
Hoje, a atuação médica é outra, muito mais complexa e cheia de possibilidades - apesar de todos os problemas que permeiam a saúde pública brasileira. Ainda assim, recordar a história é um exercício necessário para entender como chegamos até aqui.
“Por exemplo, o Claus [Michael Preger] se preocupou muito com os médicos alemães que vieram para cá exercer a medicina. Para mim, toca muito a questão de Hillebrand. Ele foi médico em São Leopoldo, um diretor das colônias e que hoje está em praça pública fazendo parte de um monumento onde está a Princesa Isabel e outros grandes nomes do nosso país”, destaca o diretor do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS), Germano Bonow.
Mas as influências que ajudaram a construir a trajetória da Medicina no Estado não param por aí. Italianos, negros e judeus são outros grupos étnicos descritos ao longo da obra com suas influências e contribuições.
É o caso dos médicos Luciano Panatieri e Veridiano Farias. “Quais foram os possíveis obstáculos pessoais e sociais enfrentados por estes dois homens negros para ingressar no curso de Medicina e como ambos desenvolveram suas atividades profissionais em um período tão próximo do pós-abolição em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul?”, questiona – e responde na sequência - Arilson dos Santos Gomes, autor do capítulo que leva o nome de ambos os profissionais pioneiros.
Como ter acesso ao material
Gostou do livro e quer ter acesso a ele? Você pode conferir a edição na íntegra clicando aqui. No MUHM (Avenida Independência, 270, em Porto Alegre) você pode consultar a obra impressa, rica em conteúdo escrito e também com fotografias que fazem parte do acervo do Museu.
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