Verba para combater Aedes é reduzida enquanto MPF gasta R$ 13 milhões com telefonia
R$ 13 milhões em Iphone 6 e outros serviços de telefonia. Esse foi o valor gasto pelo Ministério Público Federal (MPF) para adquirir 300 celulares para servidores – e há relatos de funcionários que não foram contemplados com a aquisição. A...
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11/03/2016 13:44
R$ 13 milhões em Iphone 6 e outros serviços de telefonia. Esse foi o valor gasto pelo Ministério Público Federal (MPF) para adquirir 300 celulares para servidores – e há relatos de funcionários que não foram contemplados com a aquisição. A lista de equipamentos inclui ainda 250 unidades do modelo Sony Xperia ou Moto G e os planos de telefonia e envio de mensagens para utilização em serviços corporativos.
A cifra exorbitante não faz sentido, especialmente se comparada ao corte de repasses federais para os municípios combaterem o Aedes aegypti no período em que os casos e óbitos de dengue bateram recorde no país. Enquanto as regalias do MPF custaram milhões aos contribuintes, o governo federal cortou em 60% verba para conter a epidemia de doenças causadas pelo mosquito.
Segundo a justificativa do MPF, a compra de smartphones “tem como objetivo o atendimento à crescente demanda por serviços corporativos disponibilizados nos sítios institucionais e também de outros órgãos, tais como: correio eletrônico institucional (e-mail), serviço de mensagem instantânea”.
Ainda segundo o órgão, a escolha do modelo Iphone 6 “se deu em função do parque já existente, garantindo que o investimento, as pesquisas e implementações já realizadas permaneçam incorporadas ao patrimônio, tangível e intangível da instituição, além de garantir a entrega de serviços já familiares aos usuários e com níveis de segurança satisfatórios”.
Claro que o valor usado para a compra de Iphones e outros serviços não resolveria na totalidade os problemas causados pelo mosquito, mas certamente ajudariam a reprimir uma parcela deles. Em comparação com 2013 – ano que até então havia registrado a maior epidemia de dengue –, os recursos repassados às prefeituras no ano passado caíram de R$ 363,4 milhões para R$ 143,7 milhões.
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