Viver com
insuficiência renal é muito complicado, porém, antes da invenção da hemodiálise, costumava ser
fatal. Graças ao médico holandês Willem Johan Kolff, considerado o “pai dos órgãos artificiais”, o rim artificial foi inventado em
1941. Entretanto, a máquina de
hemodiálise de Kolff só foi testada em um ser humano em
1943.
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Após ver um jovem de 22 anos morrer por insuficiência renal, o médico, naturalizado estadunidense, se dedicou a criar uma maneira para filtrar e limpar o sangue de pacientes. Para isso, ele inventou uma máquina que usava
quarenta metros de tubos!
Como não havia um equipamento para bombear o sangue, ele era coletado por uma bureta e transportado através do longo tubo com a ajuda da gravidade. Os tubos, fabricados de celulose, eram enrolados em uma espécie de
carretel giratório que ficava mergulhado em uma solução de diálise.
Através dos tubos, feitos de um material poroso, o sangue entrava em contato com essa solução, responsável por
filtrar e limpá-lo. Depois, quando limpo e puro, o sangue retornava para o corpo do paciente. O médico acreditava que, caso conseguisse remover certa quantidade de ureia diariamente através dessa prática, poderia salvar as pessoas com o problemas nos rins.
De acordo com as pesquisas, quinze pacientes foram tratados com a hemodiálise até que um sobrevivesse. Sophia Schafstadt, que estava em coma, foi atendida em setembro de
1945. Após o tratamento, saiu do coma e viveu por mais alguns anos.
Kolff também trabalhou no desenvolvimento de outros
órgãos artificiais, como o coração. Quando tinha 91 anos, em 2002, o médico holandês naturalizado estadunidense recebeu o Prêmio Albert Lasker em Pesquisa Médica Clínica, da Universidade de Washington, por ter criado um tratamento para as pessoas com problemas renais.
De acordo com a Associação Renal Vida,
nove em cada 10 pacientes com insuficiência renal precisam realizar hemodiálise. Atualmente, antes de começar o tratamento, uma cirurgia é feita no braço para conectar uma artéria a uma veia. Esta cirurgia chama-se Fístula Arterio-Venosa e por meio da sua punção, usando agulhas próprias para este tipo de vaso, há a retirada de sangue do paciente com a força que exerce a bomba de sangue - componente da máquina de Hemodialise. Este complexo de agulhas e linhas arterial e venosa é então acompanhado por um filtro, chamado de capilar que, através da passagem de um líquido com características especiais, num mecanismo de contra-corrente, submete o sangue do paciente a diferentes concentrações de eletrólitos e, assim, altera a composição do sangue, tornando-o gradativamente livre de toxinas.