O
ultrassom como conhecemos hoje demorou mais de um século para ser desenvolvido. Lá em
1877, o cientista inglês Lorde Rayleigh já elaborava teorias sobre o som, inaugurando a física acústica moderna. Durante a Primeira Guerra Mundial, o estudo de Rayleigh foi testado na
navegação submarina. Geradores de sons eram usados para encontrar possíveis obstáculos, como icebergs, em uma distância de até cinco quilômetros.
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Ainda no período de guerra, o ultrassom foi desenvolvido para fins não militares. O aparelho era usado para detectar fissuras em metais, na indústria metalúrgica. A partir disso, a ultrassonografia passou a ser usada na medicina. Em um primeiro momento, a técnica era utilizada em
terapias, desde o tratamento de artrite até tentativas de regressão da Doença de Parkinson.
Apenas em
1940 o ultrassom foi usado para
diagnóstico pela primeira vez. Karl Theodore Dussik, neuropsiquiatria da Universidade de Viena, buscava identificar tumores através da tecnologia. Porém, os médicos
Douglas Howry e
Dorothy Howry, são considerados os pioneiros da ultrassonografia diagnóstica.
Em
1957, eles desenvolveram um exame em que o paciente precisava entrar uma
banheira de água. Além de ser um processo pouco prático, o exame produzia imagens de baixa qualidade. Pouco tempo depois, o casal criou a técnica usada até os dias de hoje: uma pequena quantidade de gel na superfície de contato entre a pele e o transdutor.
Mas como o ultrassom funciona?
O procedimento é baseado na emissão de um pulso ultrassônico, que gera um eco quando encontra um objeto. As ondas produzidas podem ser classificadas como ultrassons, sons e infrassons - que é definido de acordo com a capacidade que elas têm de impressionar o ouvido humano. Durante o exame, o transdutor é aplicado com gel na região a ser analisada. O aparelho transforma os ecos do corpo humano em sinais, que irão gerar a imagem que será interpretada pelo profissional.