Em meio a novo atraso nos pagamentos, Gamp tenta censurar Simers
A Luta

Em meio a novo atraso nos pagamentos, Gamp tenta censurar Simers

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09/01/2018 16:27

É de conhecimento de todos os juízes atuantes em Canoas que a GAMP, desde que assumiu a prestação de alguns serviços de saúde em Canoas, atrasa salários e não deposita FGTS”. Esta é apenas uma das afirmações feitas pela juíza do Trabalho de Canoas, Aline Veiga Borges, ao indeferir, em regime de plantão, um pedido do Gamp para calar o Simers. O pedido foi feito em 29 de dezembro, um dia depois de o Simers veicular um vídeo denunciando o caos que impera nas unidades de saúde administradas pelo Gamp em Canoas (veja abaixo). Na ocasião, o grupo se apressou em regularizar, fora do prazo legal, os salários e remunerações dos médicos – que estavam atrasados havia mais de 15 dias. Logo depois, teve a desfaçatez de entrar com um pedido na Justiça do Trabalho reivindicando que o Simers fosse obrigado a retirar o vídeo do ar. Em seu despacho, a juíza afirmou que a pretensão do Gamp “beira a má-fé”. “Os documentos anexados pela própria GAMP junto com sua petição, datada de 29-12-2017, evidenciam que os salários de novembro foram, efetivamente, pagos com atraso”, enfatizou a magistrada. Para ela, coibir o Simers de alertar a população quanto ao descaso do Gamp perante os médicos e a Saúde de Canoas equivale a impedir a entidade de “dizer a verdade na defesa da categoria que representa” – além de ser uma clara restrição da liberdade de expressão, constitucionalmente assegurada. Na manhã desta terça-feira (9/jan), o Simers recebeu informações de que o Gamp novamente descumpriu suas obrigações trabalhistas, atrasando mais uma vez o pagamento de salários e remunerações dos médicos que atuam em unidades como o Hospital de Pronto Socorro (HPSC), o Hospital Universitário e as UPAs Rio Branco e Caçapava. O vídeo veiculado pelo Simers já contabiliza mais de 50 mil visualizações somente no Facebook – e será mantido no ar.

Gamp tenta forçar os médicos a atender mesmo sem condições

No mesmo pedido, o Gamp apelou à juíza Aline Veiga Borges que determinasse “o imediato restabelecimento das atividades dos médicos”, em uma afronta à mobilização dos médicos para reivindicar seus direitos constitucionalmente instituídos. A magistrada alega não ter competência para avaliar se, de fato, as denúncias de falta de medicamentos são procedentes. No entanto, ela conclui o despacho com uma afirmação que o Gamp e a prefeitura de Canoas parecem desconhecer: “Quando se trata de serviços de saúde, entendo que a insuficiência de insumos é motivo para a restrição dos serviços, até mesmo porque um tratamento inadequado pode vir a trazer mais prejuízos do que benefícios.
Tags: Canoas Gamp

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