O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), por meio do Hub de Solidariedade e dos Núcleos Acadêmico e de Psiquiatria, realizou uma ação de saúde mental pós-enchentes na Escola Estadual de Ensino Normal 1º de Maio, no bairro Navegantes, em Porto Alegre, na noite desta quinta-feira, 17. Com o objetivo de levar informação e criar um espaço de diálogo para a comunidade que sofreu com as enchentes deste ano, as médicas Marina Pieta e Natállia Boff, palestraram e interagiram com a comunidade.
Durante a dinâmica, foi apresentado o conceito de saúde mental, a importância da identificação dos sinais e sintomas, sobre quando é preciso ficar em alerta e alguns dados do quanto isso afeta a população. A diretora do Simers e integrante do Hub de Solidariedade, Marina Pieta, apresentou o sindicato, suas ações e os núcleos de atuação da entidade. “O Hub de Solidariedade organizou essa ação juntando os voluntários que desejam participar a um lugar que precisa da nossa atenção. Para nós é muito gratificante ver o agradecimento do nosso público e que foi muito bem recebida. É necessário falar sobre o assunto o ano todo, cuidarmos da nossa saúde mental e a de quem está ao nosso lado. Essa foi uma ação piloto e esperamos que se repita mais vezes”, apontou Marina.
“Depois de tudo que ocorreu em maio, se tornou ainda mais agravada a situação de saúde mental na cidade e no Estado como um todo. Organizar essa ação para um público que foi diretamente atingido faz toda a diferença, para que as pessoas saibam onde e quando procurar ajuda. É uma forma delas saberem que estamos ouvindo e que, se precisarem de algum suporte, estamos aqui para ajudar”, declarou Natállia Boff.
A estudante de medicina e integrante do NAS, Letícia Martins, enfatizou a relevância de debater esse assunto, principalmente com aqueles que sofreram perdas durante as enchentes. “Essa é uma demanda muito reprimida. A falta do acesso ao profissional psiquiatra acaba restringindo as informações sobre o assunto. O Simers promover esse debate dentro de um ambiente onde as pessoas foram afetadas é muito importante, pois a sobrecarga emocional é grande. Estou feliz de poder fazer parte deste momento”, afirmou Letícia.
Para a professora da Escola 1º de Maio, Carla Bonazza, a informação é sempre a melhor forma para diminuir os índices preocupantes de suicídios. “Momentos como este são importantes para refletir e acabar com preconceitos. As pessoas precisam entender que ansiedade e a depressão não são frescura e que existem lugares para buscar ajuda. Foi maravilhoso ter essa conversa, a escola tem muitas demandas que precisam ser ouvidas por médicos de uma forma leve, como aconteceu aqui”, contou a professora.
Outras ações conjuntas do Núcleos poderão ser realizadas em espaços como o da escola. Para mais informações, contate o Hub de Solidariedade pelo e-mail: hubdesolidariedade@simers.org.br
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