“Já atendi 80 pacientes em um dia”, relata médica do Hospital Padre Jeremias
A Luta

“Já atendi 80 pacientes em um dia”, relata médica do Hospital Padre Jeremias

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11/01/2019 00:00

Médicos sobrecarregados e pacientes estressados. Essa foi a realidade encontrada pela equipe do Simers que visitou o Hospital Padre Jeremias, em Cachoeirinha, na tarde da última quinta-feira (10). 

Visivelmente comovida, uma das médicas que atua no local explicou que trabalha ali há quase dois anos e que a situação piorou nos últimos tempos. “Está muito complicado. Sabe a hora em que tudo é urgente? Já cheguei a atender 80 pacientes em um dia. A parte da clínica está insustentável”, relatou ela, que reclama da insuficiência de profissionais. 

Questionada, a administração do hospital informou números divergentes aos repassados pelos profissionais, em uma tentativa de amenizar a situação. 

No momento da visita do Simers, existiam 17 pacientes distribuídos pelos corredores e no ambulatório. No entanto, existem apenas 12 leitos de observação na emergência do hospital, sendo cinco destinados a pacientes adultos e sete a pacientes pediátricos, conforme o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). 

O que diz a lei

A recomendação firmada na Convenção Coletiva de Trabalho é de que os médicos rotineiros atendam o número máximo de três pacientes por hora. Em plantões e urgências/emergências, o número sobe para até quatro. 

Problemas na triagem

Outra crítica constante está relacionada ao processo de triagem que, segundo os profissionais, não é eficiente. De acordo com a direção do Padre Jeremias, uma equipe de enfermagem está sendo treinada para implementação da classificação de risco azul.

Simers em ação

A partir dos relatos e da situação encontrada no hospital, o Simers vai reunir a equipe médica para elaborar um documento e pressionar por melhorias. “Vimos duas situações completamente diferentes. Quando chegamos era um cenário. Ao sair, duas horas depois, já existia outro quadro, bem mais tranquilo. Precisamos entender o que é frequente ou não, para ver como conduzir o caso. Só não podemos tolerar que o caos seja rotina”, afirmou a diretora do Simers Alessandra Felicetti. 


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