A Vida
Médicos salvam bebê baleado na barriga da mãe
07/07/2017 08:34
A história de um bebê baleado ainda no útero da mãe no dia 30 de junho comoveu todo o país e teve uma importante contribuição dos médicos que o atenderam. Não fosse a eficiência da equipe médica, talvez o bebê não tivesse sobrevivido. Diante de um quadro gravíssimo e até mesmo inédito para muitos profissionais, a dedicação incansável dos especialistas para salvar o bebê tornou-se uma verdadeira batalha entre a vida e a morte. A luta pela vida do pequeno Arthur foi relatada pelos médicos que o atenderam, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, ao jornal O Globo. A mãe Claudineia dos Santos foi atingida por uma bala perdida quando saiu de casa para comprar um carrinho para o bebê. O projétil entrou no lado esquerdo de seu quadril e atingiu o útero, comprometendo a saúde de Arthur. Ela foi levada às pressas para o Hospital Moacyr do Carmo. Os médicos não sabiam, até esse momento, se o bebê havia ou não sido atingido. A chefe da equipe médica da instituição, Polliny Batista Pereira, conta que uma obstetra auscultou o coração da criança e percebeu que ela estava sofrendo, com batimento irregular. A decisão de interromper a gravidez foi imediata. Salvar Arthur ainda dependia de mais um fator. Sem UTI neonatal, o hospital não teria condições de mantê-lo vivo por muito tempo. Enquanto mãe e filho eram atendidos por equipes diferentes, outros profissionais buscaram desesperadamente localizar uma ambulância equipada com UTI neonatal disponível para transportar o bebê. “Conseguimos falar com o major do quartel de Caxias. Disse para ele que o bebê tinha no máximo duas, três horas de vida, se não fosse transferido. A ambulância chegou em duas horas. Foi angustiante”, relata a médica Polliny.