Os médicos que atuam nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de São Leopoldo definiram, em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), na manhã desta sexta-feira, 29, que vão restringir os atendimentos a partir do dia 5 de dezembro, caso o pagamento das remunerações atrasadas não seja feito até o dia 4. A deliberação será comunicada à Prefeitura Municipal, à empresa responsável pela contratação dos médicos, ao Ministério Público e ao Conselho Regional de Medicina (Cremers), para garantir a eticidade do movimento.
A coordenadora da Região Metropolitana do Simers, Gabriela Schuster, explica que os médicos não vão atender às consultas marcadas, apenas casos de urgência e emergência. “Sem respostas sobre um calendário de pagamentos, os médicos querem chamar a atenção para um problema grave, que é trabalhar sem receber. Infelizmente, a precarização das relações de trabalho na Saúde não afeta apenas São Leopoldo. É uma crise que se repete em vários municípios do Estado e vamos continuar atuando para que o médico seja valorizado, com remuneração em dia e condições de trabalho, garantindo que a população tenha o atendimento que merece”, enfatiza a diretora do Simers.
No início do mês de novembro, o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) enviou ofícios à Secretaria Municipal de Saúde de São Leopoldo, bem como à empresa que faz a gestão da Atenção Primária, solicitando um cronograma para a quitação dos débitos e ainda não obteve retorno. O último pagamento que os profissionais receberam foi o do mês de setembro.
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