SIMERS leva a conhecimento do MP de Canoas os problemas gerados pelo Gamp

O descaso e despreparo do Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (Gamp) para gerir uma parte da saúde de Canoas está ficando insustentável. A falta de materiais básicos para o exercício da medicina, medicamentos básicos e antibióticos essenciais para o tratamento de muitos pacientes vêm gerando sérios prejuízos aos profissionais que trabalham no Hospital Pronto Socorrem de Canoas (HPSC) e nas demais instituições administradas pelo grupo (Hospital Universitário, CAPS e UPAS Rio Branco e Caçapava), além de deixar a população desassistida. Por conta do agravamento da situação o Sindicato Médico do RS (SIMERS) levou todos esses problemas ao conhecimento do Ministério Púbico do município, na tarde desta quinta- feira (13). Um dos medicamentos que está em falta no Centro Obstétrico, por exemplo, é a oxitocina, fundamental em diversas situações durante o trabalho de parto. Depois de tantas reuniões e promessas, na semana passada, em reunião, funcionários do Gamp afirmaram que os medicamentos em falta no estoque chegariam, porém o abastecimento não ocorreu. Em nova promessa, os funcionários garantiram que muitos remédios irão chegar até sexta- feira (14). O diretor do SIMERS, Willian Adami, salientou o perigo de morte que os pacientes estão correndo. “A falta de medicação não permite a evolução do tratamento de muitos pacientes, que dessa forma correm grave risco de irem a óbito. Os médicos estão fazendo o que podem com a baixa condição de trabalho. Estão exercendo uma medicina de guerra”, salientou o diretor. Desde que o Gamp assumiu, em dezembro do ano passado, outros problemas começaram a acontecer. Isso inclui salários atrasados, falta de informação nos contracheques sobre o recolhimento do FGTS e INSS.  O SIMERS já protocolou uma reclamatória trabalhista contra o gestor das unidades de saúde  e município.