O Grupo Hospitalar Conceição (GHC) confirmou ao Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) que vai assumir a administração do Hospital de Alvorada. A informação foi repassada ao presidente do Simers, Marcos Rovinski, e ao diretor-geral Fernando Uberti, pelo diretor-presidente da instituição, Gilberto Barichello, que esteve na sede do Sindicato Médico, na manhã desta segunda-feira, 5.
Desde o ano passado, o Simers vem acompanhando de perto a situação tanto do Hospital de Alvorada como do Hospital Padre Jeremias, de Cachoeirinha, ambos geridos pelo Instituto de Cardiologia - Fundação Universitária de Cardiologia (IC-FUC) e que se encontra em recuperação judicial. “Agradecemos a visita do diretor-presidente do GHC para nos trazer uma notícia que vemos com bons olhos, uma vez que ele se comprometeu a não repetir os constantes atrasos de salários dos médicos e o risco de falta de assistência à população”, afirmou o presidente do Simers.
Barichello destacou que estado e governo federal vão ser os responsáveis pelo aporte de recursos necessários para garantir o funcionamento do Hospital de Alvorada, o qual também vai passar por reformas na parte elétrica e na emergência, bem como por uma atualização tecnológica. Sobre as novas contratações, ele ressaltou que serão feitas via pessoa jurídica até que sejam cumpridos os ritos processuais para a realização de processo seletivo. Entretanto, as empresas que prestarão serviços devem contratar seguindo as Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Para o diretor-geral do Simers, é fundamental que sejam respeitados os direitos trabalhistas dos médicos. “Temos como premissa inegociável a defesa do vínculo de trabalho qualificado aos médicos. Observamos locais em que o vínculo predominante de contratação é por CLT, mesmo que concedidos pelo Poder Público a entes privados. Além disso, somos autores do PL 2621/2022, que tramita na Câmara dos Deputados e, justamente, tem como objetivo estender direitos trabalhistas a médicos em contratos PJ. Dessa forma, pretendemos cobrar dos gestores municipais e do governo gaúcho que façam o mesmo, pois o Simers é contrário a qualquer tipo de precarização das relações de trabalho, já que elas refletem na falta de qualidade na assistência à população”, diz Fernando Uberti.
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