O Simers vistoriou a Unidade
Básica de Saúde (UBS) Santa Rosa, em Porto Alegre, nesta quarta-feira (05). A
entidade foi acionada por conta de mais um caso de violência ocorrido no posto,
localizado no bairro Rubem Berta. O episódio aconteceu no dia 21 de novembro,
por volta do meio-dia. Duas médicas sofreram um assalto à mão armada em frente
ao local. O assaltante levou a bolsa e o carro de uma delas. A região é
conflagrada pelo tráfico de drogas e muitos casos de furtos, inclusive dentro
do posto. As médicas assaltadas estão de licença por causa do choque
psicológico.
Representantes de o Simers verificaram
a situação da UBS, que funciona das 7 até às 17 horas e atende uma população de
aproximadamente 20 mil pessoas. Atualmente, conta com três médicos: um pediatra
e dois da medicina de família. Os profissionais alegam que em muitos dias não
há vigilante e, portanto, ficam à mercê da violência.
O Simers já entrou em contato com
Secretaria Municipal de Segurança, que confirmou reunião na próxima semana,
ainda sem dia definido. A entidade médica entende que é necessária a instalação
de câmeras de vídeomonitoramento, além do Protocolo de Acesso Mais Seguro, que
indica aos funcionários de postos de saúde como proceder em casos de violência.
Um ofício também será enviado para a Secretaria Municipal da Saúde.
Falta de limpeza e
estrutura de trabalho
Problemas como falta de condições
de trabalho e limpeza também são rotineiros na UBS Santa Rosa. Médicos
afirmaram ao Simers que há mais de uma semana o local não recebe algum
profissional de higienização, tornando o ambiente insalubre. Espaços como o
almoxarifado e sala de curativos são estreitos e também se encontram sujos. Os funcionários
fazem as refeições em uma cozinha pequena, ao lado de grandes latas de lixo orgânico.
Outra questão importante é a falta de cortinas no consultório de ginecologia,
tirando a privacidade das pacientes.
Violência no Estado
Conforme monitoramento do Simers,
o Rio Grande do Sul alcançou 100 casos de violência na saúde entre 2014 e 2018.
Apenas em 2018, são 15 registros, sendo 9 na Capital. No começo de novembro, um
jovem internado no Hospital Centenário foi morto a tiros por engano, elevando
a 12 mortes por homicídio/execução/assalto entre 2014 e 2018 no ambiente
de hospitais, sendo 10 deles dentro de estabelecimentos e dois em frente às
unidades.
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