O caso do Rio Grande do Sul
Segundo o Boletim Epidemiológico HIV/AIDS de 2015, o ranking dos estados brasileiros com as maiores taxas de diagnóstico de aids mostra que o Rio Grande do Sul aparece na segunda colocação, atrás apenas do Amazonas. O valor é de 38,3 casos para cada 100 mil habitantes.
Porto Alegre, por sua vez, foi a capital com a maior taxa em 2014. O número foi de 94,2 casos para cada 100 mil habitantes, cinco vezes mais do que o índice brasileiro, de 19,7. O estado também apresenta o maior coeficiente de mortalidade padronizado de 2014.
Ao todo, foram 10,6 óbitos para cada 100 mil habitantes, o dobro do valor apresentado pelo Brasil no mesmo período. Por outro lado, vale registrar que o Rio Grande do Sul tem apresentado uma tendência de queda no índice ao longo da última década.
Para combater o preconceito
Mas o desafio de combater a aids não passa apenas por medidas que dependem de decisões governamentais. Também é fundamental eliminar o preconceito e evitar que a falta de informação faça novas vítimas. O termo grupo de risco, por exemplo, ainda é bastante comum e leva à estigmatização de grupos populacionais que já são, historicamente, vítimas de discriminação.
Além disso, também permite que as chances de contrair a doença sejam compreendidas de maneira errada. “Considerar homossexuais masculinos como pessoas do ‘grupo de risco’ só aumenta a discriminação e acentua conflitos latentes contra esse grupo na sociedade. Da mesma forma, heterossexuais masculinos acabam se expondo mais ao vírus HIV por entenderem que, independente de suas práticas, estão menos vulneráveis à infecção”, exemplifica o infectologista.
Hoje em dia, o termo mais correto é o de comportamento de risco, que enxerga as chances de contágio para qualquer pessoa, independente de grupo social ou gênero. O conceito faz referência às situações e contextos em que a exposição ao vírus é grande. É o caso das relações sexuais sem preservativo, para citar apenas a situação mais recorrente.
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