A Câmara de Vereadores de Porto Alegre deverá realizar uma audiência pública para debater a terceirização na saúde de Porto Alegre. A promessa foi feita pelo vereador André Carús, presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Câmara (Cosmam) durante reunião na Lomba do Pinheiro no dia 11/6. Até esta terça-feira (18/6), ainda não havia uma data definida para a audiência.
Debater a política de terceirização dos pronto-atendimentos (PAs) Bom Jesus e Lomba do Pinheiro foi o objetivo do encontro, que contou com a participação da Diretora de Negociações do Simers, Betusa Kramer. Porém, a comunidade local não ficou satisfeita com os esclarecimentos apresentados pelos representantes do Executivo.
Engajamento dos médicos municipários
Em sua manifestação, Betusa Kramer acrescentou outro componente à discussão, que é o engajamento dos médicos municipários que mantém uma relação diferenciada com os PAs e com as comunidades. A diretora do Simers questiona se os substitutos terão a mesma especialidade e experiência em emergência das equipes atuais, que desempenham excelente atuação assumindo casos graves que chegam nos PAs e não são transferidos imediatamente.
“É preciso considerar que os médicos concursados têm um envolvimento especial com as unidades em que atuam. Eles estudaram e se prepararam para trabalhar com aquele público e se sentem felizes atuando nas comunidades”, destacou.
O Simers tem denunciado constantemente problemas ocasionados pela terceirização da saúde em Porto Alegre, o que inclui desassistência e atrasos no pagamento das remunerações dos profissionais de saúde terceirizados. Desconsiderando estes indicativos, a prefeitura avança em sua proposta de repassar a gestão de importantes unidades como os PAs Lomba do Pinheiro e Bom Jesus para parceiros privados.
Pedido de paralisação do processo
Representantes da comunidade da Lomba do Pinheiro solicitaram ao vereador André Carús que o processo de terceirização seja interrompido até que todas as dúvidas sobre o projeto sejam esclarecidas. Carús destacou que o processo é de iniciativa do Executivo, a quem caberia acatar o pedido dos moradores.
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