Os médicos prestadores de serviço que atuam no Hospital Universitário (HU) de Canoas decidiram pela suspensão dos atendimentos ambulatoriais e de novas internações a partir das 19h de hoje, 9. Casos de urgência, emergência e os pacientes já internados não serão afetados. A deliberação ocorreu em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) realizada pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) nesta tarde e é resultado do não cumprimento da promessa de que os pagamentos seriam realizados ainda na segunda-feira.
O coordenador da Região Metropolitana do Simers, Daniel Wolff, explica que os profissionais já haviam anunciado a mobilização a partir do dia 7 de dezembro, caso o pagamento de setembro não fosse realizado até o dia 6. Entretanto, um comunicado da direção apontou que seriam feitos os pagamentos integrais de todos os médicos até o dia 9.
“Não existe nada concreto que eles vão receber hoje e a situação dos médicos é crítica. Eles deveriam ter recebido setembro no dia 15 de novembro e, até agora, isso não ocorreu. Problema que se agrava com as precárias condições de trabalho, pois faltam insumos importantes para cirurgias cardíacas, a exemplo de marcapassos, além de que os pacientes ficam internados esperando pelos procedimentos. Existem pessoas há mais de 60 dias na lista de espera, ocupando um leito e se expondo aos riscos de ficar dentro em um hospital”, lamenta o diretor do Simers.
👉 Entenda como está a situação dos médicos do HU de Canoas:
🏥O hospital está sob intervenção municipal. Apenas alguns CLTs estão em dia e as férias de todos foram canceladas. Depósito do FGTS não está sendo realizado. Médicos prestadores de serviço deveriam ter recebido o mês de setembro no dia 15 de novembro. O pagamento de setembro foi prometido para o dia 5 de dezembro e o de outubro seguindo o contrato, no dia 15. Faltam anticoagulantes, materiais para cateterismo e para Circulação Extracorpórea (CEC) em cirurgias cardíacas. Além disso, está prevista a troca da gestão para janeiro de 2025, quando sai a Fundação Educacional Alto Médio São Francisco (Funam) e entra Associação Saúde em Movimento (ASM). Simers alerta gestores e órgãos públicos sobre os riscos da transição e pede transparência sobre o processo.
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