O diretor do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Ricardo Pedrini Cruz, conduziu, nesta quinta-feira, 5, Assembleia Geral Extraordinária – AGE. com médicos contratados pela CAP Serviços Médicos, que atuam no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Canoas. o encontro foi feito de forma on-line, por videoconferência. Durante a reunião, foram discutidas as condições de trabalho dos profissionais, além de violações sanitárias nas bases de atendimento e de restrições de insumos. Também foi elaborada uma pauta de reivindicações que deve ser apresentada à mantenedora do serviço.
No campo trabalhista, o Sindicato recebeu relatos de que a CAP Serviços Médicos tem atrasos nos pagamentos, que estão previstos para acontecer no quinto dia útil de cada mês. Também foram recebidos relatos de irregularidades na concessão de férias sem seu devido pagamento. Em abril, havia médicos contratados via RPA com cinco meses de atraso.
Além disso, há denúncias de reutilização de pás descartáveis de desfibriladores. Também há registro de limitação de combustível para as ambulâncias e falta de materiais essenciais, impactando diretamente o suporte à vida da população e à segurança dos profissionais. Segundo os trabalhadores, quando questionada sobre esses pontos, a CAP. disse que faria as devidas correções, mas não apresentou prazo.
Na pauta de reivindicações, ficou definido que será encaminhado um ofício ao Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) solicitando uma inspeção técnica nas bases do Samu. Também será feito um encaminhamento ao Ministério Público do Trabalho (MPT) para investigação das questões trabalhistas apontadas. Além disso, será pleiteada uma agenda com a Secretaria Municipal de Saúde e a CAP para tratar dos temas discutidos.
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Cremers, MPT, Prefeitura de Canoas e CAP serão oficiados sobre todas as irregularidades apontadas durante a AGE. Foi definido, também, que a entidade médica fixará uma faixa com a frase: “Samu trabalhando sem materiais mínimos para atendimento. População está sendo posta em risco de vida”.
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