Canoas: Simers cobra da Prefeitura soluções para evitar a desassistência no HPS

Para buscar o posicionamento urgente da Prefeitura sobre os problemas enfrentados pelos médicos que atuam no Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC), o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) esteve reunido, nesta sexta-feira, 1°, com o secretário de Saúde do município, Jurandir Maciel, da Fazenda, Luís Siqueira, e o diretor Administrativo do Instituto de Administração Hospitalar e Ciências da Saúde (IAHCS), Marcelo Elisio Oliveira. “Para se ter uma ideia da gravidade da situação, o plantão noturno que começa hoje, possivelmente, estará sem cirurgião vascular, em um hospital que atende acidentes e traumas de 40% do estado. A desassistência é iminente”, alerta a diretora do Metropolitano do Simers, Daniela Alba.

A reunião também contou com a participação de médicos representantes das diferentes especialidades que prestam atendimento no HPSC, nas áreas de cirurgia geral, plástica, neuro, vascular e bucomaxilofacial, além de anestesiologia, traumatologia e radiologia. Eles relataram desde a falta de regularidade no pagamento dos médicos prestadores de serviço, os quais já recebem valores abaixo de mercado, até a necessidade de reposição dos vencimentos, com oito anos de defasagem salarial para médicos contratados. 

“Mais uma vez, reiteramos aos gestores que tudo isso vem levando à redução no quadro de especialistas e às escalas de plantão sem profissionais. Já sabemos que em março faltarão outros profissionais para compor as escalas. Sem falar nos dias que apenas um anestesista fica responsável por casos que chegam de um terço do estado. Sem valorização, os médicos estão indo embora do HPS de Canoas”, afirma a diretora do Simers.

Durante o encontro, o diretor do IAHCS se comprometeu em repassar aos médicos o mesmo percentual que receberá devido à renovação do contrato com a Prefeitura, que acontece no final do mês. Além disso, uma nova agenda deve ser realizada entre os gestores e o Simers no dia 11 de março. “Sabemos que o Programa Assistir tem fragilizado os hospitais do estado. Mas Canoas vem sendo recorrente no que se refere à Saúde. Não podemos mais esperar quando vidas estão em risco”, pontua a diretora do Sindicato Médico.