O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) esteve em Canoas na manhã desta terça-feira, 14, para conversar com os médicos do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG) e do Hospital Universitário (HU) de Canoas, onde também foram alocados os profissionais e equipes do Hospital de Pronto-Socorro (HPSC), que foi totalmente inundado pela água no dia 4 de maio. Canoas teve mais da metade da população atingida pelas enchentes no estado e o maior número de mortes devido à tragédia climática que atingiu os gaúchos.
O presidente do Simers, Marcos Rovinski, e o diretor da Região Metropolitana da entidade, Daniel Wolff, também conversaram com o secretário de Saúde, Mauro Sparta, e se colocaram à disposição tanto do município quanto dos médicos. Eles também ouviram o relato emocionante dos colegas que atuaram na evacuação do HPSC. “Viemos prestar solidariedade e ouvir quais as principais necessidades dos médicos diante desta tragédia. Queremos contribuir para que os medicamentos e insumos cheguem aos dois hospitais, bem como garantir que o Hospital de Pronto-Socorro possa reabrir e continuar sendo referência em atendimento de trauma para 150 municípios”, ressaltou Rovinski.
No HNSG, o superintendente Leandro Santos relatou que o hospital enfrenta o aumento de 50% no número de pacientes atendidos, ao mesmo tempo que a redução na metade dos colaboradores, afetados pela inundação. Entretanto, todo o dia chegam profissionais voluntários de vários estados para suprir a demanda. “Cerca de 20 médicos que atuam na linha de frente do atendimento em trauma estão no Nossa Senhora das Graças, incluindo cirurgiões de diferentes especialidades e somente cirurgias de urgência, emergência e oncológica estão sendo realizadas”, explica o presidente do Simers.
Já no HU, a demanda de pacientes subiu cerca de 70% e, segundo o diretor técnico, Cristiano De Leon, foi necessário abrir uma nova sala de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) para absorver os casos do HPSC. Além disso, está sendo feito o chamamento de profissionais que estavam em lista de espera de editais anteriores. “Canoas perdeu um hospital, está com apenas uma Unidade de Pronto Atendimento com as portas abertas e três fechadas e, das 19 Unidades Básicas de Saúde, apenas oito estão em funcionamento. Por isso, o Simers pediu que os hospitais nos encaminhe uma lista do que é necessário para continuar o atendimento com segurança e qualidade para os pacientes, reduzindo o impacto desta tragédia”, afirmou Rovinski.
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