A distribuição de mais de 25 mil luvas de uso veterinário e de salões de beleza para o Hospital Universitário (HU) de Canoas levou o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) a denunciar a situação, nesta quarta-feira, 1°, para a Vigilância Sanitária do município e do estado, bem como ao Conselho Regional de Medicina do RS (Cremers) e ao Conselho Regional de Farmácia do RS (CRFRS). O material chegou a ser utilizado pelos profissionais, que alertaram não só para a má qualidade do material, mas, principalmente, porque não é adequado para uso na área da Saúde e ambiente hospitalar.
"Além da falta destes insumos, que vem sendo constantemente denunciada pelos médicos, equipes e, principalmente, pela população, que chega a comprar do próprio bolso as luvas, a disponibilização de material inadequado é um total descaso com os pacientes, ao expor os colaboradores a riscos biológicos. Infelizmente, isso não é fake news", ressalta o presidente do Simers, Marcos Rovinski.
Ainda no final da manhã desta quarta-feira, o vice-presidente do Simers, Marcelo Matias, acompanhado de alunos de Medicina da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) e que fazem a prática do ensino no HU, foi recebido pelo diretor técnico do hospital, João Potrich. Eles trataram sobre o problema e o que será feito com o material que não atende às necessidades da assistência.
"Ouvimos que foi um erro da empresa que fornece os materiais. Entretanto, não houve a conferência das caixas com as luvas, as quais não têm nem registro na Vigilância Sanitária. Isso não pode acontecer e só agrava uma crise que vem se arrastando na Saúde de Canoas. O Simers segue vigilante e atento às questões de condições de trabalho dos médicos e de atendimento a quem precisa", afirma Matias.
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