Capão da Canoa: Simers envia ofício ao Governo do RS para saber sobre repasse ao Hospital Santa Luzia
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Capão da Canoa: Simers envia ofício ao Governo do RS para saber sobre repasse ao Hospital Santa Luzia

Sindicato Médico quer informações sobre a previsão dos recursos para garantir pagamento aos médicos e evitar a desassistência

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10/10/2024 12:12

O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) enviou ofício ao governo do Estado, nesta quinta-feira, 10, solicitando informações sobre o restante do repasse de verbas para o Hospital Santa Luzia, de Capão da Canoa, referente ao custeio de ações e serviços de saúde. O documento foi elaborado após uma reunião do Simers com a gestão do hospital, que apontou a falta de previsibilidade para o recebimento do recurso financeiro, o que pode comprometer a assistência à população. “Além da dificuldade em manter o atendimento, a falta do repasse também pode refletir no pagamento dos médicos, previsto para o dia 15 deste mês”, alerta a coordenadora da Região Metropolitana do Simers, Gabriela Schuster.

No ofício que também foi encaminhado ao Conselho Regional de Medicina (Cremers), Promotoria de Justiça de Capão da Canoa e à Prefeitura Municipal, o Simers alerta que apenas parte da verba foi encaminhada. Do valor total de R$ 14.284.923,80 previsto em resolução de 2014 da Comissão Intergestores Bipartite (CIB/RS), responsável pela pactuação entre Estado e municípios para garantir as operações do Sistema Único de Saúde (SUS), pouco mais de R$ 6 milhões foram destinados ao hospital.

De acordo com a diretora do Simers, a preocupação da entidade se dá uma vez que o Santa Luzia possui um déficit mensal de, aproximadamente, R$ 2 milhões. “O Simers defende o médico e a qualidade na assistência. Por isso, questionamos os gestores sobre qual a perspectiva para o repasse integral dos valores para evitar a desassistência à saúde da população de Capão da Canoa e de vários municípios do Litoral Norte”, destaca Gabriela.

AESC

O Hospital Santa Luzia é gerido pela Associação Educadora São Carlos (AESC), a qual também administra o Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, atingido pela enchente de maio e que ficou cerca de 30 dias fechado, resultando em um prejuízo de quase R$ 150 milhões. Hoje, o Santa Luzia conta com cerca de 3,6 mil atendimentos ambulatoriais por mês, dos quais cerca de 75% ocorrem pelo SUS, referência em diversas especialidades para os municípios da região.

Tags: Aesc assistência SUS atraso repasses Capão da Canoa Hospital Santa Luzia Litoral Norte

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