Cardiologista ameniza sofrimento de moradores de rua doando comida
A Luta

Cardiologista ameniza sofrimento de moradores de rua doando comida

Sushi, churrasco, massas, talvez uma salada caprichada. Para alguns a comida é um prazer, para outros uma mera necessidade fisiológica. Porém, para muitos, nem sempre há comida. A fome é uma companheira cruel, que junto com tantas outras dificuldades, ronda...

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27/07/2016 13:07

medico-voluntario-5 Sushi, churrasco, massas, talvez uma salada caprichada. Para alguns a comida é um prazer, para outros uma mera necessidade fisiológica. Porém, para muitos, nem sempre há comida. A fome é uma companheira cruel, que junto com tantas outras dificuldades, ronda suas vidas. Mesmo diante da correria do dia a dia com seus pacientes, ainda sobra tempo para o doutor Campos ajudar o próximo. O cardiologista Campos conta sua experiência com o trabalho realizado com moradores de rua. Toda a sexta-feira, após atender no hospital Mãe de Deus, ele participa de um grupo que distribui comida para as pessoas que se encontram embaixo do viaduto da Avenida Borges de Medeiros. “A vontade de realizar uma ação voluntária começou na faculdade, mas nunca havia posto em prática. Há nove anos participei de um grupo de estudos católico que tem um ponto de vista mais humano direcionado para todos que forem exercer uma atividade profissional. Foi quando percebi que é preciso fazer algo de coração por alguém que não tem nada para te dar em troca. Recentemente ao batizar minha filha, na igreja o padre me comentou que há três anos eles fazem um trabalho destinado aos moradores de rua”, conta o cardiologista. “Pra mim foi uma emoção que não consigo nem descrever”, salienta Campos já com lágrimas nos olhos ao relatar sua experiência nas ruas. Ele destaca ainda que “às vezes a gente passa pelo morador de rua sem nenhum interesse, mas parar para ouvir as histórias que eles contam muda toda a nossa visão de mundo. Achava que eu ia dar muita coisa para eles, mas acabei ganhando uma forma nova de ver as pessoas, de me relacionar, de voltar para aquele ideal que eu tinha na faculdade, do interesse em ajudar as pessoas. Ficamos na vida confortável pensando qual carro vamos comprar, qual roupa vamos usar e acabamos ignorando o próximo, esquecemos desse lado mais humano”, analisa Campos. Jornalista Camila Ferro
Tags: Médicos voluntários

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