13/10/2017 11:19
Suas habilidades são indispensáveis ao exercício da Medicina. Meticulosos, eles são responsáveis por garantir que o paciente passe do procedimento mais básico à mais complexa das cirurgias sem dor.
Ou, como define o anestesista Marcos Tannhauser, presidente da Sociedade de Anestesiologia do Rio Grande do Sul (Sargs), têm a missão de atuar como facilitadores. “É uma especialidade de apoio. Os procedimentos, em geral, são indicados por outros profissionais – e o anestesiologista atua como facilitador na realização destes”, diz.
Como funciona a rotina de um anestesista
Fisiologia, anatomia e farmacologia clínica são algumas das áreas de conhecimento que integram a rotina do médico anestesista. Além disso, os profissionais dessa especialidade precisam ter familiaridade com procedimentos cirúrgicos cada vez mais complexos. Essa associação sempre fascinou Tannhauser e o motiva ainda hoje a seguir na profissão.
Há quem diga não sentir medo da cirurgia em si, e sim da anestesia. O receio não chega a ser infundado: no passado, com recursos e conhecimentos limitados, a anestesia podia trazer riscos ao paciente. Hoje, com técnicas cada vez mais precisas, os profissionais trabalham de modo metódico para garantir toda a segurança em cada procedimento.
O dia pode começar com a anestesia de um recém-nascido prematuro e terminar com a cirurgia de um idoso de 90 anos. Em um período curto de tempo, vai-se de um extremo ao outro – o que exige treinamento e habilidade.
Primeiro a chegar, último a sair: o anestesista em ação
Como explica Tannhauser, há vários tipos de anestesia: bloqueio, sedação ou geral, algumas delas. Mas se engana quem pensa que a atuação do profissional se resume ao momento da aplicação. O anestesista costuma ser o primeiro a chegar e o último a sair do bloco cirúrgico.
Antes de tudo, faz-se uma avaliação pré-anestésica. É a hora de conhecer o paciente e permitir que ele tire todas as suas dúvidas. O médico analisa exames, conhece o histórico clínico do paciente e recolhe todas as informações que possam ser relevantes para o sucesso do procedimento.
Durante a cirurgia, é ele quem, além de anestesiar, monitora as funções vitais do paciente – tais como pressão arterial, ritmo cardíaco, respiração, oxigenação do sangue e temperatura. Nada pode escapar do seu cuidado. Quando a cirurgia termina, é hora de acompanhar o acompanhamento na sala de recuperação anestésica.
Muito além do bloco cirúrgico: como a anestesiologia vem evoluindo
Embora seja a face mais conhecida da especialidade, a atuação em cirurgias é apenas uma parte do trabalho do médico anestesiologista. Com o avanço da área, as possibilidades foram ampliadas para além do bloco cirúrgico.
A anestesia para procedimentos, a exemplo dos exames de imagem, já é parte da rotina. Em paralelo, cresce o número de profissionais do campo intervencionista, focado no tratamento da dor. À medida que a Medicina evolui, a anestesia busca maneiras mais eficientes e confiáveis de oferecer conforto. Esse trabalho não para.