O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), em parceria com as principais entidades médicas do Estado, enviou à bancada gaúcha na Câmara dos Deputados uma carta aberta em que manifesta preocupação com qualquer forma de flexibilização do plantio, cultivo e comercialização de maconha. Além disso, também é manifestado no documento oposição ao uso indiscriminado do canabidiol, um dos componentes da maconha, até agora com comprovação de eficácia para apenas duas doenças.
A ação foi coordenada pelo Núcleo de Psiquiatria do Simers, grupo que há meses vem realizando reuniões com integrantes da Câmara a fim de manifestar contrariedade ao Projeto de Lei 399/15, que está em tramitação e “permite o cultivo domiciliar de maconha (cannabis sativa) para fins medicinais e a comercialização de medicamentos que contenham partes da planta”.
Segundo o psiquiatra e coordenador do Núcleo de Psiquiatria do Simers, Fernando Uberti, existem inúmeros componentes na maconha que podem ser prejudiciais à saúde, especialmente o THC (Tetrahidrocanabinol) fortemente associado a casos de depressão, esquizofrenia, baixo rendimento cognitivo, entre outros. De acordo com Uberti “Canabidiol é apenas um dos componentes, uma pequena parte da maconha. Mesmo sobre ele, ainda há muitas dúvidas. A ideia de que exista um uso medicinal da maconha é fantasiosa. E o que mais preocupa nesta narrativa de apologia é a redução da percepção de riscos que a substância pode causar nas pessoas. Nossa intenção com a carta é alertar os deputados sobre os prejuízos desse projeto de lei a toda a população, e a necessidade de sua reprovação.”
Além do presidente do Simers, Marcelo Matias, também assinam a carta os dirigentes da Academia Sul-Rio-Grandense de Medicina, o Conselho Regional de Medicina do RS (Cremers) e a Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs).
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