Após um hiato de quatro meses, as portas do Museu de História da Medicina do Rio Grande do Sul (MUHM) foram reabertas à comunidade nesta segunda-feira,14. Para marcar a retomada das atividades, uma cerimônia especial reuniu autoridades e convidados no prédio histórico onde o museu funciona desde 2007, em Porto Alegre.
“Estamos resgatando a história da medicina gaúcha com a reabertura do nosso museu, sendo um dos maiores do mundo em acervo médico. Hoje, em exposição, temos 600 peças, mas nosso acervo tem mais de 30 mil itens”, disse o vice-presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Felipe Silva de Vasconcelos. A entidade é a mantenedora do museu.
Dezenas de pessoas lotaram a sala Rita Lobato para prestigiar a solenidade de reabertura do MUHM. A cerimônia também foi marcada pela inauguração da mostra “Mulheres na Medicina: Trajetória e Conquista”, criada em alusão ao mês da mulher. A exibição propõe uma imersão na trajetória histórica das médicas, destacando seus desafios, conquistas e a crescente representatividade feminina no campo da saúde.
O tema remonta a um dado presente na ata de fundação do Simers de que apenas uma mulher figurava entre os signatários na ocasião. Hoje, mais de nove décadas depois, a entidade celebra a expressiva presença feminina em sua gestão atual – reflexo das transformações que vêm moldando a medicina ao longo dos anos. “Eu, hoje, sou a primeira vice-prefeita eleita de Porto Alegre. As mulheres estão cada vez mais obtendo espaços em cargos de decisão, na ciência, na política. A mulher sempre tem que ter acesso, mas não apenas por ser mulher. A mulher tem que conseguir chegar aos espaços e, ao chegar, que ocupe esse espaço com competência, com discernimento e com um valor que possa agregar”, disse a vice-prefeita da Capital, Betina Worm.
Durante a solenidade, o Simers prestou uma homenagem a 24 mulheres que se destacam por sua atuação na medicina e por sua contribuição à preservação da memória médica. Todas as homenageadas receberam um certificado de reconhecimento. O vice-presidente do MUHM e diretor do Simers, Ricardo Nogueira, celebrou a retomada do museu e também parabenizou as profissionais da medicina.
“Há 93 anos, quando inauguramos o Sindicato, havia uma única mulher. Hoje temos mais de 20 diretoras. É um orgulho e uma satisfação ver como elas exercem com excelência diferentes papeis: mulher, mãe e esposa. Hoje, estamos conseguindo reabrir o museu graças ao trabalho feminino”, destacou Ricardo Nogueira.
Sobre o museu
O Museu de História da Medicina do Rio Grande do Sul (MUHM) foi inaugurado em 18 de outubro de 2007, data em que se comemora o Dia do Médico. A instituição reúne acervos voltados à Medicina, focando em sua preservação, conservação, organização e divulgação. O espaço ocupa o prédio histórico do Hospital Beneficência Portuguesa de Porto Alegre, construído entre 1867 e 1870. O museu conta com milhares de livros, objetos e instrumentos relacionados à prática da Medicina obtidos, em sua maioria, por meio de doações.
Para visitar
As visitações ao MUHM ocorrem de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h na Avenida Independência, 270, Centro, Porto Alegre.
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