Fotos: Divulgação -ASCOM Simers
Objetos que formam o imaginário de tempos que não vivemos, mas que estão nos livros de História e marcados na humanidade. O Museu de História da Medicina do RS (MUHM), que tem o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) como seu mantenedor, inaugurou, na noite desta terça-feira, 8, a exposição “Missão Médica”, no MUHM, que conta a história de 18 médicos gaúchos que saíram do conforto das suas casas para salvar vidas na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), na França.
Livros, documentos, fotos e uniformes ajudam a contar uma missão vivida há 107 anos, mas que se mantém importante para demonstrar e inspirar a coragem de profissionais médicos que saem da sua zona de conforto e enfrentam guerras, sejam elas sociais, contra a fome ou bélicas. Na abertura da exposição, O vice-presidente da Associação dos Amigos do Museu (AAMUHM), Ricardo Nogueira, agradeceu pelas doações que tornaram possível a realização da exposição, bem como pela presença de autoridades das áreas da saúde e da cultura. Em seguida o presidente do Simers, Marcelo Matias, falou sobre como a história contada na sala Rita Lobato impacta diretamente na evolução da Medicina.
“O que eles fizeram não é muito diferente do que os colegas fazem hoje, que é sair da sua segurança e arriscar sua própria saúde e sua tranquilidade para defender terceiros. Tenho muito orgulho de estar aqui, participando desse processo com um ‘grãozinho de areia’ em meio à magnitude que foram esses colegas”, destacou o presidente.
A pesquisa para a exposição iniciou em 2020 e a preocupação inicial das museólogas do MUHM era a ausência de acervo, algo contornado pela disposição de familiares de alguns dos médicos integrantes da missão, que doaram o que tinham ao museu. É o caso da Mariluh Fernandes, neta do médico Hélio Franco Fernandes. Ela é responsável pela doação de grande parte do acervo da exposição.
“Eu encontrei aqui uma turma que valoriza esses heróis. Eu gostaria de ter mais coisas para doar, pois vejo o cuidado e o patrimônio preservados aqui. A importância do museu é mostrar para a juventude que antigamente, com o mínimo de recurso, os médicos conseguiam curar com dedicação e amor. Como dizia meu avô: a arte de restaurar”, relatou Mariluh.
Quem também prestigiou a abertura da amostra foi o advogado Thiago Roberto Sarmento Leite, neto de um dos fundadores da Faculdade de Medicina de Porto Alegre (hoje UFRGS), Eduardo Sarmento Leite (1868-1935). Leite reforçou a importância da exposição e do MUHM para consolidar a Medicina gaúcha.
A exposição “Missão Médica” conta com patrocínio do Ministério da Cultura, por meio do Pronac 2313318. Ela fica aberta de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h. A entrada é gratuita.
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