Decisão judicial e em caráter liminar obrigou os médicos prestadores de serviço do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG) a retomar os atendimentos eletivos nesta sexta-feira, 8, que haviam sido suspensos devido à precariedade das relações e condições de trabalho. Para o presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Marcos Rovinski, a decisão judicial que exigiu o retorno imediato ao trabalho, mesmo num cenário de total inadequação das condições laborais, não leva em conta as dificuldades reais enfrentadas pelos profissionais.
“A situação vivenciada pelos médicos do hospital não pode ser reduzida a um simples movimento de suspensão de atividades. O que está em jogo é uma questão grave de precarização das condições de trabalho e que resulta, diretamente, na qualidade do atendimento à população, o que é a responsabilidade dos gestores e contratantes. Os atendimentos não foram suspensos como uma simples forma de protesto ou para obter vantagens. Mas, sim, porque não há condições adequadas de infraestrutura para o devido atendimento, como a escassez de materiais e a restrição de leitos de UTI!”, enfatiza o presidente do Simers.
Ainda hoje, às 17h, foi agendada uma audiência de conciliação pela 4ª Vara Cível da Comarca de Canoas, com a presença do Simers, HNSG e o Ministério Público.
Cerca de 100 médicos prestadores de serviço que atuam no HNSG suspenderam o atendimento eletivo na última terça-feira, 5, devido ao atraso nos pagamentos. Os profissionais são responsáveis por quase a totalidade do atendimento agendado, tanto consultas como cirurgias, solicitaram um cronograma de pagamento prevendo as quitações até o final do ano e não foram totalmente atendidos pela gestão. Eles estão sem receber o mês de agosto, sendo que duas especialidades ainda não receberam a parcela dos serviços prestados em julho. O mês setembro já vence no próximo dia 10.
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