Para buscar soluções ao cenário de total precarização da assistência no Hospital Psiquiátrico São Pedro (HPS), a diretora do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Luciana Mesko, esteve reunida com a promotora de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos de Porto Alegre, Liliane Dreyer da Silva Pastoriz, na manhã desta quarta-feira, 13. O encontro aconteceu na sede do Ministério Público da Capital, quando o Sindicato Médico apresentou um documento com dados sobre a real situação do hospital que é referência para 88 municípios da região Metropolitana.
No ofício encaminhado ao MP, constam os dados coletados pelo próprio Simers, os quais apontam a falta de leitos e de médicos especialistas, tanto psiquiatras como de outras áreas. Dos 32 profissionais necessários para absorver a demanda, somente 15 atuam na instituição. Além disso, dos 130 leitos registrados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), o Hospital São Pedro opera com apenas 86 leitos ativos, distribuídos em 24 vagas nas alas masculina, 22 na feminina, 25 na juvenil e 15 na infantil.
“Para se ter uma ideia do problema, no total, deveriam ser 25 leitos infantis. Porém, dez não estão aptos a receber os pacientes, devido à falta de profissionais para compor o quadro de atendimento. Por isso, buscamos unir forças junto ao Ministério Público para evitarmos que as pessoas em sofrimento mental do estado do Rio Grande do Sul fiquem sem o principal local de atendimento público aos gaúchos”, alerta Luciana, que também é integrante do Núcleo de Psiquiatria do Simers.
Outros pontos apontados pelo Sindicato Médico são a carência de exames complementares para o diagnóstico e tratamento, como eletroencefalogramas, eletrocardiogramas, ressonâncias magnéticas e tomografias computadorizadas, bem como alguns exames laboratoriais. “Também ressaltamos a tão aguardada reabertura da Unidade de Dependência Química, prometida para abril deste ano, agudizando a necessidade de acolhimento para o grande número de pessoas com transtornos por uso de drogas e álcool. O que reforça a nossa urgência de agenda com a secretária estadual de Saúde, Arita Bergmann, para nos elucidar sobre o que será feito pela saúde mental do nosso estado”, reforça a diretora do Simers.
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