Os primeiros passos da história da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), hoje um dos principais cursos do Brasil, tem sua gênese durante o Governo Getúlio Vargas com a fundação de uma entidade de educação, pioneira no sul brasileiro. Nascia em 1954 a Instituição Pró-Ensino Superior no Sul do Estado (Ipesse), onde um grupo de médicos, capitaneado por Franklin Olivé Leite, idealizou o curso em Pelotas.
Durante a gestão do ministro da Educação Pedro Calmon declara fundada a Faculdade de Medicina de Pelotas. Sob o Parecer 394/63, o Conselho Federal de Educação autoriza o funcionamento do Curso de Medicina. O coração da Leiga “bateu”, oficialmente, na manhã de quarta-feira, 03 de abril de 1963, quando foi publicado no Diário Oficial da União o Decreto 51.884, assinado pelo presidente gaúcho João Goulart e por seu ministro da Educação e Cultura, Teotônio Monteiro de Barros.
Feito o levantamento histórico, é preciso considerar a importância de dois nomes: Naum Kaisermann e Clovis Salgado, primeiro diretor e o primeiro mestre a proferir uma aula de Medicina em Pelotas, respectivamente. Desde aquela quarta-feira, muitos médicos e médicas surgiram, e com bravura, coragem e determinação dominaram hospitais, prontos-socorros, clínicas, pesquisa científica e, acima de tudo: estimular o cuidado humanizado ao paciente.
Dos mais de seis mil médicos oriundos da Famed, o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), entidade oficial de representatividade da categoria médica gaúcha, possui atualmente em sua diretoria executiva alguns egressos da Instituição, tais como Luiz Alberto Grossi, atual diretor de Interior do Sindicato, Marcelo Sclowitz, diretor da Região Sul do Estado e, também, Rogério Cardoso, diretor e membro do Núcleo Simers de Psiquiatria (NuPsiq).
Em respeito ao passado e com expectativas positivas e saudáveis sobre o futuro da Famed, o Simers, por meio de sua diretoria, homenageia essa história de luta e coragem, marca que está no DNA da Leiga.
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