O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), por meio da diretora da Região Norte da Entidade Médica, Sabine Chedid, está fazendo um levantamento sobre a precarização das condições de trabalho, bem como a valorização do profissional conforme o praticado atualmente. Diante deste trabalho, a mais grave identificada foi na cidade de Encantado, no Alto Vale do Taquari, onde médicos vinculados ao Hospital Beneficente Santa Terezinha (HBST) e que atendem ao SUS, recebem seus honorários com base em uma tabela de 1992, tendo como parâmetro a extinta moeda Cruzeiro.
De acordo com reuniões realizadas com médicos e também com a administração do HBST, a tabela possui várias falhas e que geram prejuízos aos profissionais e também à instituição, dado a complexidade de equalizar valores de uma moeda descontinuada para o Real, em exercício desde julho de 1994. “O que identificamos, e que causa perplexidade, é a alta burocracia e a complexidade na tentativa de conversão do Cruzeiro para o Real, pois não existe um câmbio oficial. Existe uma estimativa, e os profissionais estão sendo prejudicados”, afirmou Sabine Chedid.
Diante do fato, o Simers tentou agendas com a Prefeitura de Encantado e a Secretaria Municipal de Saúde, por meio de solicitação de reunião urgente, conforme ofícios e inúmeros e-mails e contatos telefônicos. Algumas agendas foram desmarcadas horas antes da reunião, outras na véspera. “É um desrespeito ao médico, mas também à população. A Prefeitura demonstra desinteresse no assunto, e seguir nesse trâmite só irá prejudicar a assistência em saúde, afinal, o médico é um trabalhador como qualquer outro. Onde as condições são melhores, eles vão para este local. Existe, sim, risco de desassistência, dada à inércia do Poder Público em sentar e resolver essa situação”, explicou Sabine.
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