Médicos de Sapucaia do Sul entram em greve a partir do dia 7 de dezembro
A Luta

Médicos de Sapucaia do Sul entram em greve a partir do dia 7 de dezembro

Os médicos concursados do Hospital Presidente Vargas (HPV), vinculados a Fundação Hospitalar Getúlio Vargas, deliberaram greve a partir das 7 horas do dia 7 de dezembro, por tempo indeterminado.

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03/12/2018 00:00


Os médicos param por tempo indeterminado, atendendo apenas casos mais graves. Foto: Guilherme Tubino/Simers

Os médicos param por tempo indeterminado, atendendo apenas casos mais graves. Foto: Guilherme Tubino/Simers

Os médicos concursados e prestadores de serviço do Hospital Presidente Vargas, da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Sapucaia do Sul e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), vinculados a Fundação Hospitalar Getúlio Vargas (FHGV), entram em greve a partir das 7h da próxima sexta-feira (07/12), por tempo indeterminado. A decisão unânime ocorreu em assembleia geral, realizada na sede do Sindicato Médico do RS (Simers) na noite da última quinta-feira (29/11). Durante a greve, atendimentos ambulatoriais e eletivos param. Na emergência, serão atendidos apenas casos graves ( fichas laranjas e vermelhas).

Os médicos atingiram o limite da tolerância com a situação, pois convivem com o atraso salarial de dois meses e sem perspectiva de receber o 13´ salário. Segundo os profissionais, a gestão da FHGV fez a opção por pagar na integralidade os salários e honorários dos demais trabalhadores e nada aos médicos.  Apesar disso, os especialistas cumprem o dever de atender a população de forma plena.

Em reuniões entre o Simers e o diretor geral da Fundação, Gilberto Barichello, foi dito que a escolha de não pagar os médicos ocorre por "justiça social" - ou seja, pelo fato dos médicos terem salários mais altos e possuírem, geralmente, mais de uma fonte de renda.  “Agindo assim, o diretor discrimina a categoria, pois não reconhece que o médico deve receber pelo seu trabalho. Isso é inaceitável. Traz para a fundação e prefeitura a pecha de fazer uma política discriminatória que contraria a constituição federal”, salienta Clarissa Bassin, diretora do Simers.

Diante do quadro, o Simers notificará o Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), as secretarias Municipal e Estadual da Saúde, prefeitura de Sapucaia do Sul e ao Conselho Regional de Medicina (CREMERS).

Tags: Sapucaia do Sul Fundação Hospitalar Getúlio Vargas (FHGV)

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