Os médicos concursados e prestadores de
serviço do Hospital Presidente Vargas, da Unidade de Pronto Atendimento (UPA)
Sapucaia do Sul e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU),
vinculados a Fundação Hospitalar Getúlio Vargas (FHGV), entram em greve a
partir das 7h da próxima sexta-feira (07/12), por tempo indeterminado. A
decisão unânime ocorreu em assembleia geral, realizada na sede do Sindicato
Médico do RS (Simers) na noite da última quinta-feira (29/11). Durante a greve,
atendimentos ambulatoriais e eletivos param. Na emergência, serão atendidos
apenas casos graves ( fichas laranjas e vermelhas).
Os médicos atingiram o limite da tolerância
com a situação, pois convivem com o atraso salarial de dois meses e sem
perspectiva de receber o 13´ salário. Segundo os profissionais, a gestão da FHGV fez a opção por pagar na
integralidade os salários e honorários dos demais trabalhadores e nada aos
médicos. Apesar disso, os especialistas cumprem o dever de atender
a população de forma plena.
Em reuniões entre o
Simers e o diretor geral da Fundação, Gilberto Barichello, foi dito que a
escolha de não pagar os médicos ocorre por "justiça social" - ou
seja, pelo fato dos médicos terem salários mais altos e possuírem, geralmente,
mais de uma fonte de renda. “Agindo assim, o diretor
discrimina a categoria, pois não reconhece que o médico deve receber pelo seu
trabalho. Isso é inaceitável. Traz para a fundação e prefeitura a pecha de
fazer uma política discriminatória que contraria a constituição federal”, salienta
Clarissa Bassin, diretora do Simers.
Diante do quadro, o Simers notificará o
Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), as secretarias Municipal e Estadual da Saúde,
prefeitura de Sapucaia do Sul e ao Conselho Regional de Medicina (CREMERS).
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