Médicos do GHC realizam ato público em defesa de acordo coletivo

Com adesivos colados ao corpo, os médicos do Grupo Hospitalar Conceição (GHC) realizaram um ato público nesta quarta-feira (29) em frente ao Hospital Conceição, em Porto Alegre. O objetivo foi demonstrar descontentamento diante da atual administração, que reluta em assinar o acordo coletivo com a categoria – em um processo que já se arrasta há mais de um ano. A demora em assinar o acordo causa surpresa nos médicos. Os termos já foram negociados com a direção. Além de valorizar os médicos, o GHC pode obter uma economia expressiva sem qualquer decréscimo no serviço assistencial. Segundo a direção do GHC, porém, a assinatura estaria sendo postergada devido a alguns empecilhos burocráticos envolvendo a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), ligada ao Ministério do Planejamento.  

Acordo parcial

Apesar disso, as perspectivas são boas. Durante as sessões de mediação, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) sugeriu a consolidação de um acordo parcial que permita a “migração” dos contratos de alguns médicos – abrindo espaço para flexibilizações que, há tempos, vêm sendo demandadas pela categoria. “Parte dos médicos quer reduzir a carga horária aqui dentro da instituição. Com isso, haveria uma redução salarial dos profissionais também, resultando em economia”, ressalta Justo Leivas, presidente da Associação dos Médicos do Hospital Conceição. A vice-presidente do Simers, Maria Rita de Assis Brasil, salientou a importância desse item para os médicos. “Nós precisamos ter tudo isso regulamentado", afirmou. Ela também destacou que o acordo não piora em nada a assistência para a população. "Ele somente regula a atividade médica no Grupo Hospitalar Conceição”, esclareceu. Até o dia 5 de setembro, os profissionais terão uma resposta sobre este item em específico. Se o impasse continuar, não está descartada uma paralisação da categoria. Justamente por isso, uma nova audiência já está marcada para o dia 6 de setembro, às 16h, no TRT.