Médicos do HNSG de Canoas querem regularização dos pagamentos para evitar a paralisação

Para viabilizar a retomada dos atendimentos nos ambulatórios de consultas eletivas no Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), de Canoas, o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) encaminhou ofício aos gestores solicitando o pagamento de todos os valores devidos aos médicos que atuam via pessoa jurídica até o dia 10 de dezembro. O envio do documento foi definido pelos profissionais, que participaram de um Assembleia Geral Extraordinária (AGE) realizada pelo Simers, na noite desta terça-feira, 31. No texto, os médicos ressaltam que a não regularização dos débitos, bem como da falta de insumos de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPMEs), vai implicar em uma possível intensificação nas restrições, ou, até mesmo, na paralisação das atividades.

A diretora do Metropolitano do Simers, Daniela Alba, explica que os atrasos constantes prejudicam não só os médicos de mais de dez especialidades, mas toda a população atendida pelo hospital. Além disso, a falta de OPMEs vem agravando a situação ao não permitir a realização de intervenções cirúrgicas de maneira apropriada. “Infelizmente, já existe um contingenciamento em relação aos atendimentos nos ambulatórios de consultas eletivas, pois a falta reiterada dos pagamentos, somada à falta de insumos, não permitem a realização das atividades de modo adequando e com segurança à população”, destaca Daniela.

A diretora do Simers reforça que a crise no Nossa Senhora das Graças repete a realidade dos demais hospitais de Canoas, que são o Hospital Universitário e o Hospital de Pronto-Socorro. “O Simers vem alertando sobre o cenário de precarização na Saúde do município, o que nos levou a criar a Frente Estadual na Defesa da Saúde de Canoas, em parceria com OAB/RS e o Ministério Público, buscando alternativas que revertam os problemas enfrentados e que não são recentes”, afirma.